Japão – Tokyo de novo – Minoru e Juba – 2 dia


Esse segundo dia em Tokyo corremos a cidade toda para apresentar o Minoru o máximo possivel. Já que eu estava indo pra Nagano no dia seguinte, tentei mostrar pra ele o máximo que eu conheci da cidade.

Logo que manhã pegamos uma liquidação numa loja de informatica, fiquei atentado a comprar um laptop que estava mais ou menos 120 dolares. Era queima total, inclusive psp, tvs, tudo mesmo.

Eu cheguei a entrar na fila, mas desisti, quando descobri que as regras da liquidação era pegar a senha do seu andar e logo pagar. Depois desses primeiros que tinham senha, voce podia andar livremente pela loja.

O Minoru foi pesquisando tudo, tanto que ele comprou uma coleção inteira de Code Geass que eu fiquei babando, mas fiquei com receio de comprar também pra ele nao falar que eu copiei ele.

Uma das coisas que eu vi nessa segunda vez em Akihabara foi uma loja vendendo o controle do super famicon especial pro wii. Eu prometi que voltaria a loja, depois de babar na vitrine (precisava sacar dinheiro e eu nao sabia aonde tinha em akihabara, já que no japão sao raras as lojas que tem cartões de credito). Infelizmente nunca mais achei a loja, mas que eu queria, eu queria.

Nessa segunda vez, Minoru mostrou algumas coisas que eu nao vi ou nao prestei atenção, como os elevadores das lojas serem todos etiquetados. Teve uma loja que fomos, que tinha um elevador com wii, outro ps3 e um terceiro com xbox 360. Ficamos olhando e perguntando, qual vamos descer? Demorou tanto que fomos de escada.

Mais tarde, encontramos o amigo do Minoru, o Manta, que realmente é muito engraçado. Nos encontramos na estação de Akihabara e começamos a andar pelas lojas. Lojas de 4 a 5 andares, com com bonecos de mais diferentes seções. Nossa, dava vontade de comprar tudo.

Vale um fato interessante, numa das lojas que entramos, começou a tocar Sun Vulcan, depois Gaban, Sharivan e Shaider, tudo na sequencia. Loja de brinquedos antigos, fiquei babando com muita coisa que vi.

Fizemos uma pequena parada no Burger King, experimentar a versão niponica do whooper. Confesso que me decepcionei pq era o mesmo sabor do Brasil, esperava algo diferente.

De lá fomos pra Nakano, mas eu me dei meio mal, a maioria das lojas de anime estavam fechadas, pq era ainda feriado. Minoru marcou o lugar pra voltarmos mais tarde. Mesmo sendo ruim, fizemos muita coisa lá.

De lá, fomos pra Shinjuku mostrar um dos pontos mais interessantes da cidade, como o maior cruzamento do mundo. Liguei pro Renato e nos encontramos por lá. De lá fomos pra Kabukichô, mas não tem muita graça andando de dia.

Depois Minoru e o Renato decidiram tentar a sorte na premiação na Taito, mas ganharam premios ridiculos que não tiveram coragem de usar, dando pra garotas que estavam por lá.

Uma das coisas de Kabukichô que eu queria ter tirado foto a primeira vez e consegui na primeira foi foto do restaurante que serve sushi de baleia. Uma comida exótica e bastante cara, o Renato até que estava afim de provar, mas acho que é pagar caro demais pra reclamar que achou ruim.

Foi um dia longo que realmente valeu a pena, aproveitamos muito andando por Tokyo.






Em termos de foto, tiramos muitas fotos nesse dia, por isso muitas ficaram de fora infelizmente. Eu adoro Tokyo e com certeza mais gostoso que fazer amigos e sair com amigos, inclusive mostrando o que você conhece. É uma pena que tudo que eu queria não deu tempo, já que iamos pra Nagano no dia seguinte, por isso não deu certo de levar o Minoru pra jantar naquele bar que eu fui com Renato perto do cabeleireiro de Last Friends.

Em Shibuya, vimos a estatua de Hachiko, e mais um momento pra foto. Eu adoro a historia dessa estatua e é uma honra ter encontrado ela. Fico feliz que mesmo sendo minha segunda vez em Tokyo, aprendi muita coisa que não vi porque na primeira vez estava deslumbrado.


Para quem sonha ir pro Japão e é fã de anime e mangá, lhe digo uma coisa. Vale muito, mas pra você conseguir isso, você vai ter que abrir mão de muita coisa pra alcançar o seu sonho. Posso parecer muitas vezes, um maluco que pegou a mala e foi pro Japão e bem que talvez, tenha sido isso mesmo. Cruzar o mundo ao destino a um lugar que você sempre imaginou conhecer, mas mesmo tendo certeza de que vai, não acredita que ele está realmente lá.

Amo o Japão, como amo Tokyo, e digo uma coisa, cada dia, cada hora, cada segundo, valeu a pena. Tudo lá é diferente, sendo roupa, costume, cheiro, a forma de andar. Se você tem um sonho que é ir pro Japão, aperte o cinto e se planeje, o Japão não é impossivel. Eu estou doido pra voltar pra lá.

Como comentei, para alguém que estuda japones, sempre está antenado, assistindo doramas, ouvindo músicas, conhecendo artistas, o Japão ganha um sentido muito maior. Muitas vezes, me sentia mais em casa do que estar no Brasil. Eu conhecia as pessoas dos outdoor, conhecia as músicas que tocavam nas lojas, realmente era um sonho que eu não queria acordar.

Infelizmente mesmo amando um país como Japão, um estrangeiro como eu, não pode morar lá.

Existem categorias especificas pra morar lá, e infelizmente como brasileiro, e não tendo um nihongo fluente, o país não está interessado em você. Logicamente que muitas das coisas que vi, podem estar meio exageradas por causa da crise.

Mesmo assim, muitas vezes eu via que o Japão é uma utopia que o Brasil nunca vai ser. São paises diferentes e não escondo que senti saudades do Brasil, mas pra isso, existem lojas brasileiras, música brasileira e amigos pra recordar.

Muitas vezes, eu morria de saudades de ouvir a voz de alguem de casa e ligava pra casa, doido pra ouvir a voz deles. Falava que não tava sentindo saudades, mas no fundo queria que eles estivessem do lado, vendo o que eu estava vendo.

O Renato comentou que saudades é uma coisa que pega no primeiro mês e realmente, a gente começa a se acostumar no segundo mês. O que me preocupava as vezes era esquecer a voz das pessoas que eu gostava.

Ontem estava conversando com a Regina, viajamos juntos pro Japão no mesmo avião. Ela também não é japonesa, mas é casada. Falavamos que mesmo não sendo descedente, eu tenho orgulho do Japão. Ela comentou “Como posso gostar de um país que não é o meu?”, e simplesmente eu também não sei responder.

Eu cresci admirando o Japão, sei que os descedentes sofreram por preconceito no Brasil e até eram vistos como inimigos, sendo dos anos 80 pra cá, que o Japão ganhou status de um país interessante, graças a invasão do anime e manga no ocidente.

Não sei como tudo começou, mas cresci vendo Pequeno Principe, Doraemon, Changeman e Jaspion na televisão. Se isso influenciou? Não sei, mas peguei todas as fases dali pra frente, como a invasão dos cavaleiros do zodiaco em 1994, a chegada de dragon ball z na cartoon, entre outras febres.

Doi ver que o Japão foi o segundo pais mais afetado pela crise, como doi saber que todos que eu conheci, estão sofrendo diretamente ou indiretamente por causa da crise. Infelizmente o Japão, eu sei que se eu quiser realmente morar lá, vou ter que me esforçar pra conquistar isso.

Voltando um pouco sobre esse passeio, vou mostrar um pouco sobre Ueno, já que não mostrei as fotos no topico de ontem. A estação de Ueno, tem um panda gigante, sendo lindissimo de se ver.

Andando de madrugada por Akihabara, descobrimos que Yamamoto Line, que é uma linha circular muito famosa no mundo inteiro, ela desliga com o trem sem ir pra um estacionamento. Ele fica parado em cima dos trilhos. Nem preciso dizer que isso não daria certo no Brasil.


Na madrugada, saimos pra jogar fliperama, como também pra eu comprar gorro já que estaria indo pra Nagano. Como estava nevando forte lá, precisava evitar qualquer transtorno desnecessario.


Esse com certeza foi um dos posts mais longos, mas com certeza um dos mais sinceros aqui no J-Wave. Para quem gosta do Japão e conheceu meu blog via amigos ou graças a buscadores, espero que gostem da minha visão do Japão. Sou apaixonado pelo Japão e essa viagem foi uma grande realização pessoal.

Para quem já acompanha o blog, amanhã teremos primeira aventura em Nagano, mostrando as frias temperaturas por lá. Espero que tenham gostado do tópico de hoje.

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Giuliano Peccilli
Giuliano Peccillihttp://www.jwave.com.br
Editor do JWave, Podcaster e Gamer nas horas vagas. Também trabalhou na Anime Do, Anime Pró, Neo Tokyo e Nintendo World.

2 COMENTÁRIOS

  1. "O Minoru foi pesquisando tudo, tanto que ele comprou uma coleção inteira de Code Geass que eu fiquei babando, mas fiquei com receio de comprar também pra ele nao falar que eu copiei ele".Muito gay esse comentário, hein? Desde quando você tem que se importar com o que os outros pensam?O lance é curtir a vida. Se você deixa de fazer as coisas que gosta numa viagem como essa, que rola uma vez na vida, você se arrepende depois!

  2. Renato,Tipo, de todas as coleções que o Minoru comprou, nenhuma me atraia. Desde a séries como TO LOVERU, como Evangelion, nenhuma delas eu fiquei com vontade de comprar.quando vi que ele ia comprar Code Geass, foi a primeira serie q eu quis ter igual. Porem, eu ja achava que tinha comprado bonecos demais. Foi talvez esse motivo q eu parei de comprar boneco depois de um periodo.De series que eu lamento não ter comprado foi especial da Jump, do Goku com Ruffy, a Change Mermaid, e essa do Code Geass. De resto, eu achava que nao ia voltar pra Hekinan pra deixar as coisas por isso não comprei mais coisas. Outra coisa era dinheiro, ja que iamos viajar logo em seguida, ai maneirei em Tokyo, na segunda viagem.Tem coisas que eu lamento, mas depois de um tempo vc acha que as coisas sao pra sempre.Mas de boa, se eu quiser eu compro na internet, pago mais caro, mas continua sendo mais interessante do que comprar na liberdade com seus 200% de juros.abraços.

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