Crítica | Seoul Raiders – A perseguição


Chegando 2 anos de atraso por aqui, Seoul Raiders é a segunda aventura do detetive Len (agora chamado de Lam). Continuando os fatos narrados na aventura anterior, o Tokyo Raiders, passaram 5 anos de uma aventura para outro. Um detalhe que vale nota é que a grafia do nome do detetive foi alterado de Len para Lam nessa troca de empresas Columbia Pictures para Paris filmes (Tokyo Raiders saiu pela Columbia, enquanto Seoul Raiders saiu pela Paris Filmes).

Trocando a capital do Japão, a produção de Hong Kong escolheu a capital da Coréia do Sul, como cenário dessa nova trama. Seoul Raiders, segue a mesma dinâmica do filme anterior, trazendo um elenco brilhante dos dois países. O trio protagonista do filme anterior, apenas Tony Leung Chiu Wai retorna ao trama, trazendo dois novos rostos ao público, como a belíssima Qi Shu (The Eye 2 – Batizado no Brasil como Visões e Um homem chamado Herói) e Richie Ren como Owen Lee, o agente da embaixada americana em Hong Kong. Como não poderia ser diferente, o elenco coreano é repleto de belas garotas que são ajudantes “locais” do detetive Lam, e elas são respectivamente Meme Tian, Choi Yeo-Jin e Ji-Yeon Park.

No saldo final, Seoul Raiders (ou Tokyo Raiders 2, como também é conhecido) consegue superar o filme original visualmente como também no roteiro. Podemos até dizer que ambos os filmes se parecem na forma de contar a história, mas que Seoul Raiders aprendeu com os erros do primeiro filme, tornando se melhor que sua “cria”.

O assalto de 30 milhões de dólares

Num lugar de segurança máxima, Lam (Tony Leung Chiu Wai) tenta roubar as placas de falsificação de dinheiro, sendo incomodado pela belíssima JJ (Qi Shu ) que também está atrás das mesmas. Obtendo as artimanhas de roubar as placas, os dois lutam com os seguranças na entrada do prédio. Numa brincadeira de quem fica com as placas, JJ foge com a maleta confiante que conseguiu deixar Lam com cara de bobo, mas logo percebe que se equivocou-se ao constatar que as duas placas foram substituídas por cartões de natal.

Lam com as duas placas, logo as leva para a embaixada americana, aonde conhece Owen Lee (Richie Ren). Não percebendo que foi enganado, Lam bebe um vinho com uma droga para dormir, sendo preso no dia seguinte por invasão à embaixada americana. As placas desaparecem do mapa e Lam apenas sabe que Owen está em direção à Coréia do Sul, assim começando o filme.

Seoul – a capital da máfia

Somos apresentados às belíssimas construções da Coréia do Sul. Semelhante a Tokyo Raiders, as construções de Seoul embelezam o filme sendo apenas mais um detalhe entre tantos que você admira na tela.
Owen Lee chega à Coréia para negociar as duas placas com a máfia local. Disposto a conseguir muito mais que os “míseros” 20 milhões que a máfia local prometeu, Owen valoriza as placas diante a máfia local.

Recrutando parceiras

Enquanto isso, Lam chega ao país disposto a capturar Owen e as placas. A primeira coisa a se fazer é recrutas suas parceiras “locais”. Ele parte a procura delas em Seoul, sendo muito bem recebido por suas três belíssimas “bond girls”.
JJ acaba também indo atrás de Lam, que promete tornar-se mestre dela, assim ela se torna à última e quarta parceira do detetive.
Do outro lado da mesa, Owen também negocia parceirias. Desejando entrar para a máfia coreana, ele também almeja uma porcentagem do grupo com o qual está negociando as placas para a falsificação de dinheiro.

Reviravoltas

Como é marca registrada do diretor Jingle Ma, o filme trás uma porção de reviravoltas, sendo uma delas marcada pela personagem JJ. Ficamos com a pulga atrás da orelha do porquê ela querer ter Lam como um mestre, e se realmente ela não irá trai-ló, mas com o decorrer da história acabamos entendendo a estranha relação dos dois.
Semelhante ao primeiro filme, Lam odeia seu antagonista, o Owen Lee, mas para descontentamento de ambos, eles têm que trabalhar juntos para conseguirem atrair para si a máfia coreana. Nesse ponto, percebemos o quanto Seoul Raiders imita o seu predecessor Tokyo Raiders.

Indo além do filme

A segunda aventura de Lam reaproveita muitas coisas de Tokyo Raiders. Além da relação dos três personagens, a história e algumas piadas do Lam. Se o destaque do primeiro filme fica para duas cenas chocantes, como a da cegonheira aonde os personagens lutam com os carros caindo em plena avenida em Tóquio e por fim a cena de perseguição no oceano, aqui os destaques ficam para a cena de luta no metro e a batalha final num avião atravessando as ruas de Seoul.
Uma curiosidade é que a personagem JJ pergunta ao Lam sobre como foi lutar com o personagem Yung (Eking Cheng) do primeiro filme. Além de ligar os dois filmes, a atriz Qi Shu já trabalhou com o astro Ekin Cheng em algumas produções, entre elas o “Um homem chamado Herói.

Seoul Raiders ficou conhecido internacionalmente como Tokyo Raiders 2, no entanto aqui no Brasil, por ter sido lançado por outra empresa, o filme recebeu um terceiro nome “A perseguição”. Infelizmente o grupo Paris Filmes tem a prática de rebatizar os filmes, ignorando lançamentos anteriores no país assim confundindo o público. O mesmo acontenceu com Initial D que virou O racha e The eye 2 que tornou-se Visões por aqui. O filme mesmo ganhando uma dublagem, diferente de Tokyo Raiders que não teve dublagem, tem um trabalho para lá de equivocado, fazendo nos optar pela tradicional legenda.
Sendo uma continuação, Seoul Raiders trouxe o personagem Lam numa aventura solo, permitindo que esse “agente 007 oriental” ganhasse o seu verdadeiro destaque. Seria realmente interessante que se tornasse uma franquia “Raiders”, já que as aventuras do detetive Lam estão longe de acabar.


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Giuliano Peccilli
Giuliano Peccillihttp://www.jwave.com.br
Editor do JWave, Podcaster e Gamer nas horas vagas. Também trabalhou na Anime Do, Anime Pró, Neo Tokyo e Nintendo World.

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