Crítica | Planeta dos Macacos A Origem

Tentando encontrar a cura do Alzheimer na esperança de curar seu Pai, o cientista Will Rodman (James Franco) desenvolve uma nova droga e a testa em macacos. Após alguns acontecimentos(que se eu contasse seriam spoilers) Will acaba pegando um chimpanzé recém nascido para protegê-lo por alguns dias. Mas ele acaba se afeiçoando ao pequeno primata e logo os dias se tornam anos. Aos poucos o Chimpanzé Cesar( Andy Serkis) começa a mostrar sinas de inteligência avançada para um macaco(e até (porque não?) para alguns humanos) mostrando que pode estar nele a chave para o sucesso da pesquisa do Will. Ou talvez para o futuro da humanidade.


Antes de começar devo deixar claro que sou fã da franquia original. Lembro o impacto que o primeiro Planeta dos Macacos me causou quando o assisti pela primeira vez na Sessão dasDez(que nunca começava às Dez)do SBT . Considero aquelefinal um dos que mais me chocou até hoje na história do cinema.Levei sorte pois nessa exibição o SBT devia estar sem nadapra passar porque nos próximos Domingo, exibiu todos os filmesem sequencia e pude ver tudo cronologicamente.Logo quando anunciaram que o filme seria produzido bateu
aquele frio na espinha: “Xii! Mais um Remake?” Mas quando revelaram que seria um prequel e as imagens começaram a surgir fui ficando mais calmo. O trailer me deu ainda mais confiança que podia sair coisa boa dali então parti para o cinema acreditando que veria um bom filme. E não é que A Origem do Planeta dos Macacos(prefiro o título assim) não
só é um bom filme. Ele é ótimo.

Não tem como começar a falar do filme se não for pelos efeitos especiais.A técnica de captura de movimentos é tão perfeita que em muitos momentos cheguei a pensar: Como eles conseguiram treinar esses macacos pra fazer isso? Claro se tudo isso seria inútil se não houvesse um ótimo ator por trás disso e Andy Serkis ficou impressionantemente convincente como Cesar.O ator que já tinha experiência em interpretar um primata(Ele foi o King Kong do filme de 2005) aqui dá um show. Pena que os velhinhos do Oscar são menos evoluídos que um macaco, do contrário eu acho que ao menos uma indicação ele mereceria. E se formos comparar os dois protagonistas,não fica dúvidas de que os macacos são mais evoluídos que os humanos. Tudo que eu elogiei no James Franco em 127 horas critico aqui.Ele passou o filme inteiro com cara de “O que eu estou fazendo aqui?”. Não demonstrou uma emoção convincente nem em uma certa cena chave do filme. Enfim troféu Framboesa de ouro pra ele.

Normalmente eu não gosto quando um filme gasta muito tempo pra mostrar a ação propriamente dita mas os quase 50 minutos usados pra mostrar a evolução gradual do Cesar foram muito bem gastas. Todas as ações que o macaco irá tomar na segunda metade do filme está embasada na primeira. Aliás gostei dessa nova origem do Cesar.Bem melhor que ele ser filho de um casal de Macacos viajantes do tempo como mostrado na “Fuga do Planeta dos Macacos” o 3º filme da franquia.
A origem do Planeta dos Macacos só não é um filme perfeito porque além da falta de empenho do James Franco achei o final meio anticlimático. Talvez isso nem seja defeito do filme mas eu esperava algo mais épico. Quem sabe em uma continuação.


Planeta dos Macacos é mais uma boa surpresa de um ano que está sendo muito bom nos cinemas.
Seja você fã da franquia original ou alguém que nunca viu nenhum filme da série pode assistir sem medo. Planeta dos Macacos é um ótimo filme, com uma história coesa,bom desenvolvimento e efeitos especiais fantásticos que valem o ingresso.

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Redator da coluna JWave Cine falando das principais novidades do cinema e autor do blog Clarim Diário.

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