Crítica | Sherlock Holmes: O jogo das sombras

Holmes(Downey Jr) começa a desconfiar que possa haver uma razão política por trás de uma série de explosões aparentemente desconexas.Ele acaba tendo de enfrentar o ardiloso professor Moriarty(Jared Harris). A chave para acabar com os planos de Moriarty pode estar nas mãos da bela cigana Madame Simza (Noomi Rapace) Enquanto isso, o Dr. Watson (Jude Law) se casa e pretende deixar a vida de aventuras do amigo pra trás mas acaba novamente sendo envolvido quando se torna alvo do vilão.

Antes de começar devo deixar claro que nunca fui muito fã do Sherlock.Li poucos livros do detetive. Então como um não conhecedor de sua mitologia gostei muito do primeiro filme estrelado pelo Robert Downey Jr. Essa continuação apesar de ter achado um pouco inferior mantém o clima do anterior mas,como sempre,vamos por partes.
Pra começar pelos pontos positivos não tem como não falar da trilha sonora que se mantém praticamente inalterada. Mesmo as trilhas novas mantém a qualidade e empolgação das antigas. Claro que, sendo composta pelo grande Hans Zimmer,não poderíamos esperar nada abaixo do excelente.
A ambientação também continua bem competente com o mesmo clima vitoriano do filme anterior.

Vale também destacar a atuação dos atores; a dupla principal mostra-se muito mais à vontade nos papéis. Dos novos acréscimos, Jared Harris, apesar de ter uma cara meio canastrona convence como o maligno Moriarty e a bela Noomi,apesar de não se destacar muito serve como rosto feminino no meio de um monte de marmanjos.Mas dentre os novos,quem rouba a cena é Stephen Fry que interpreta Mycroft Holmes, o irmão de Sherlock.

Outra coisa que eu gostei mas que pode desagradar aos fãs do detetive é que o lado investigativo acabou ficando em segundo plano.Ele ainda está lá e é importante claro,mas o diretor Guy Ritchie preferiu apostar na ação. Então podem esperar mais correira, mais explosões,mais brigas.


Agora,sobre os pontos negativos: Não posso começar de outra maneira que não seja sobre as malfadadas,e que parecem estar na moda ultimamente,câmeras lentas.Esse recurso acaba quebrando o ritmo da ação: Os personagens estão correndo…Camera lenta.São atingidos…Câmera Lenta. Quando ocorre um tiro: A bala sai da arma em câmera lenta, voa normal e quando chega ao alvo…adivinhem? Mais câmera lenta. Pelo menos esse excesso aqui só acontece em uma cena específica.O problema é que era pra ser a mais “agitada” do filme e um pré clímax. Uma boa cena que acaba prejudicada.
Um exemplo de Câmera lenta bem utilizada é a usada nas “premonições”(Se é que se pode chamar assim) do Sherlock antes de alguma luta.Também ocorre com frequência mas não atrapalha.

Outro ponto que não gostei foram cenas que deixam subentendida uma situação “algo mais que amizade” entre os protagonistas. Em um certo momento achei até que eles iam se beijar…completamente desnecessário.
Também achei a história inferior ao primeiro filme. Não! Não é ruim, só achei que a história do primeiro é mais resolvida.Mas como provavelmente terá continuação talvez fechem as pontas soltas.

Mas no final o filme tem mais pontos positivos que negativos e vale e muito o preço do ingresso.Seja você fã do detetive britânico ou não .


http://www.youtube.com/watch?v=WPyM0fY6b2I

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Redator da coluna JWave Cine falando das principais novidades do cinema e autor do blog Clarim Diário.

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