Crítica | O Doador de Memórias

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Já imaginou viver numa sociedade perfeita? Numa sociedade que não se pode mentir, não se pode demonstrar amor, podemos até dizer que esse estranho mundo não tem nem ambição, porque tudo tem uma razão para existir.

Uma cidade sem memória

Nessa sociedade utópica, conhecemos Jonas (Brenton Thwaites) e seus amigos que estão se formando. A primeira pergunta que fazemos é que formação e como esta é escolhida, mas isso é respondido pela presença holográfica da Chefe Elder (Meryl Streep).

Num evento parecido com uma formatura, temos a Chefe Elder determinando o papel de cada um daquela sociedade. De piloto, jardineiro, enfermeiro, os jovens de 16 anos recebem suas atribuições, menos Jonas que sobra no palco, deixando todos perplexos.

A chefe Elder acaba revelando que Jonas não terá nenhum cargo normal, porque foi selecionado para se tornar o novo “Receptor de Memórias”. Mas o que seria isso? Para existir um receptor, deveria existir um emissor? E assim conhecemos aquele que empresta o nome para título do filme, o Doador de memórias (Jeff Bridges).
Jonas ao se tornar “Receptor”, ele ganha diferenciais que as pessoas daquela sociedade não tem. O primeiro deles é o poder de mentir e omitir o que sempre e demonstra e pensa.

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O Doador de Memórias

Jonas conhece “O Doador” e começa a ter acesso a memórias de outros tempos. O Doador explica para ele que nem sempre as memórias são boas, podendo mostrar erros da sociedade que viveu no passado.

Cada nova “aula”, Jonas descobre o porquê que a sociedade abriu mão de muitas coisas. E estamos falando de neve, cores, raiva e outras coisas que as lembranças que Jonas tem acesso e que de alguma forma, ele tenta compartilhar com seus amigos.

A Chefe Elder percebe que Jonas está demonstrando atitudes que não poderia ter e começa a pegar no pé dele e do “Doador”.
Ao mesmo tempo que outra trama se constrói sobre a “Receptora” que deu errado. Os mais velhos lembram da Rosemary, mas evitam falar da garota que deu errado no processo de aprendizagem com “Doador”. Será que o Jonas terá a mesma sina?

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Opinião

O que falta para o Jonas é entender o seu papel nessa sociedade. Ele não está sendo moldado para ser um salvador, porém o que deixa claro aqui, que seu cargo é mais do que ter acesso a tudo que deu errado, podendo aconselhar e intervir, caso essa sociedade caminhe para o mesmo rumo que as da sua lembrança.

Seguindo conceito do “mito da Caverna de Platão”, podemos dizer Jonas não só viu a luz e quis compartilhar com todos, mas também romper o sistema, algo meio 1984, trazendo a liberdade e a compreensão a todos ali presentes.

O filme te faz pensar sobre mil possibilidades da busca do Jonas em compreender aquele mundo. Jeff Bridges que lutou para a produção desse filme está de parabéns como um dos produtores em adaptar o livro de Lois Lowry. Talvez não seja o melhor filme para relaxar no cinema, mas será um filme que fará você e seus amigos ficarem horas e horas conversando sobre as possibilidades infinitas dele.

Nota

nota5
5 JWs

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Giuliano Peccilli
Giuliano Peccillihttp://www.jwave.com.br
Editor do JWave, Podcaster e Gamer nas horas vagas. Também trabalhou na Anime Do, Anime Pró, Neo Tokyo e Nintendo World.

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