Crítica | Star Wars: O Despertar da Força

JC 50 Post

Devo confessar que nunca tive tanto medo de não soltar um spoiler, como em Star Wars: O Despertar da Força. Prometo tomar cuidado e falar o essencial sem que estrague sua diversão que é assistir esse novo episódio nos cinemas.

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Produção

A história do novo episódio nasceu no dia que a Disney comprou de porta fechada a LucasFilm. O anúncio pegou todo mundo de surpresa, que não seria só três filmes, mas seis filmes que a Disney faria.

Numa escolha difícil de substituir George Lucas, a Disney e a LucasFilms começou o recrutamento e muitos diferentes recusaram a chance de dar sua visão ao universo de Star Wars. Parecia uma missão impossível, e falando de algo que parecia impossível, J. J. Abrams, aquele que fez um semi reboot em Star Trek, inserindo o estilo Star Wars na franquia concorrente, parecia o cara ideal para a missão.

Assim a contagem regressiva para um Star Wars chegar aos cinemas começou e a expectativa estava altíssima. Agora… J. J. Abrams conseguiu despertar a força em Star Wars? Sim, ele conseguiu.

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A História

Passaram quase 30 anos desde os fatos de “O Retorno de Jedi” e aquele mundo mudou muito desde então. A Aliança Rebelde conseguiu restaurar a República Galáctica. Só que isso não impediu novos inimigos surgirem e nessa nova realidade que temos a Primeira Ordem.

O que sabemos é que aqueles que lutaram pelo fim do Império meio que viraram lendas urbanas e hoje são ecos a ponto de duvidarem que eles realmente existiram. É assim que Luke Skywalker desapareceu sem deixar vestígios, fazendo que sua história seja uma lenda.

Apresentados nessa realidade, conhecemos o piloto Poe Dameron, que está no planeta Jakku e acaba tendo que fugir da poderosa Primeira Ordem. Ele acaba passando uma missão muito importante para BB-8, que é seu droid e tem mapa da localização aonde está Luke Skywalker.

O Stormtrooper FN-2187 acaba não aguentando a brutalidade de Kylo Ren, o cara mais poderoso da Primeira Ordem que vimos até então. Assim, depois de ver Poe Dameron ser capturado e torturado, FN-2187 acaba ajudando na fuga e sendo rebatizado de Finn por Poe.

Enquanto isso vemos BB-8 fazendo amizade com a catadora de lixo, Rey, que troca o que captura por refeições. Rey vive sozinha e encontra no BB-8 um grande amigo.

A fuga de Poe e Finn, além de Kilo Ren saber o mapa aonde está Luke Skywalker é o que faz todas as peças do jogo serem reveladas num combate República X Primeira Ordem.

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Opinião

O “Despertar da Força” honra o título e traz de volta muito do clima da trilogia clássica (algo que os primeiros episódios não conseguiram fazer). Alguns dizem que esse episódio VII é um remake de “Uma Nova Esperança”, o que não deixa de repetir conceitos, características, e essências de uma briga que a família Skywalker está a gerações brigando nas telas.

Rey impressiona e muito ao se tornar protagonista cheia de dúvidas da sua origem, mas ao mesmo tempo, ela está entrelaçada a maldição dos Jedis do passado. Catadora de lixo, Rey tem habilidades de luta ao ter crescido sozinha, mas não só isso que vemos na tela.

Han Solo e Chewbacca trazem nostalgia e são apenas a ponta do iceberg para entendermos o que aconteceu nesses 30 anos que separam do filme anterior. Será que Han Solo se casou com Leia Organa? O que aconteceu com os dois? São perguntas que serão respondidas pelo filme, explicando não só isso, como também que eles se sentem responsáveis pela desgraça que fez Luke Skywalker sumir do mapa.

J. J. Abrams conseguiu respeitar o universo de George Lucas, trazendo cenas de ação com adrenalina que funcionam muito bem em 3D no cinema. Por mais que o roteiro faça suas homenagens aos filmes clássicos, o novo Star Wars consegue andar com suas próprias pernas com Rey, Finn, BB-8 e o vilão Kilo Ren.

É verdade que cada minuto que o filme passa e vai revelando que não se trata só de um reencontro de velhos amigos, mas uma luta pela liberdade e que tudo pode realmente acontecer. Sabendo isso, tiro o chapéu para Michael Arndt (Pequena Miss Sunshine), Lawrence Kasdan (Império Contra Ataca) e próprio J. J. Abrams que conduziram um roteiro com maestria, trazia legado, brincadeiras e montado estruturas para uma nova saga começar.

Outro ponto positivo são os diálogos dos personagens que trazem uma naturalidade muito maior que a dos filmes anteriores. É mérito do roteiro e da direçãoo em fazer sentirmos essa credibilidade em que cada personagem pareça real em cena.

Por que Kilo Ren tem obsessão por Darth Vader? Qual a ligação dele com a família Skywalker? Foi ele que fez Luke se exilar? Muitas perguntas ficam em nossa cabeça com a chegada desse vilão. Por mais que seu visual não tenha sido impressionante nas imagens de divulgação, o personagem funciona em cena.

Diferente dos outros filmes, aqui sabemos que a história simplesmente não acaba. Episódio VII deixa angústia em saber que teremos que esperar 2 anos para sabermos o que realmente irá acontecer para o próximo passo.

Espero ter não exagerado nos detalhes, mas torço para que aprecie o filme sem spoilers. A graça está em apreciar e ver como esse novo episódio vai se encaixando com a mitologia de Star Wars.

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Giuliano Peccilli
Giuliano Peccillihttp://www.jwave.com.br
Editor do JWave, Podcaster e Gamer nas horas vagas. Também trabalhou na Anime Do, Anime Pró, Neo Tokyo e Nintendo World.

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