Crítica | Vingadores: Guerra Infinita

Sabe aquele filme que você esperou a sua vida toda? É isso que você terá ao assistir Guerra Infinita. Não vou enrolar ou explicar o porquê, porém o novo filme da Marvel cumpre o que promete, fechando definitivamente um arco importante nos cinemas.

Vingadores em 2012 foi a primeira vez que vimos os heróis funcionando juntos. Em 2015, tivemos uma nova fase com novos rostos e as consequência de um grupo de heróis. Mas o que representa 2018? Um fim? É realmente nessa tecla que o filme Guerra Infinita irá trabalhar.

Antes de mais nada, sei que comercialmente o filme se chama Vingadores, mas pelos fatos ocorridos nesta produção, eu talvez devesse chamar de Vingadores X Guardiões da Galáxia. Não é só uma mera participação especial, os personagens mais malucos do universo acabam funcionando numa sinergia maluca com Vingadores, formando possibilidades inusitadas.

Mas antes de mais nada, Guerra Infinita é a reunião de todos os filmes da Marvel, exatamente como as grandes sagas dos quadrinhos funcionam. Assim o filme começa no minuto seguinte de Thor: Ragnarok, trazendo o primeiro embate de Thanos com Thor e os habitantes de Asgard.

Vamos combinar que se tratando de um vilão da magnitude de Thanos, teríamos muitas mortes e é exatamente isso que vimos em cena. Thanos não tem piedade alguma de matar asgardianos, quando seu objetivo são as joias do infinito.

Tendo uma, Thanos exige de Loki o Tesseract, assim conseguindo mais uma joia de um total de seis. E conseguindo tal poder, ele já se torna o cara mais poderoso do universo, ao conseguir controle duas joias ao mesmo tempo.

Assim, temos Hulk chegando a Terra como um sobrevivente de uma guerra já vencida. E a chegada dele vem no primeiro embate entre Dr. Estranho e Homem de Ferro.

Thanos não é um vilão que demoraria o filme todo pra chegar no planeta Terra. Ele sabe que o planeta tem duas joias, assim não perde tempo, mandando naves em direção a Terra. Tal movimentação faz com que chame atenção do Homem Aranha que se reúne aos demais heróis.

Paralelo a isso, temos Guardiões encontrando Thor, fazendo com que eles tenham conhecimento sobre Os Vingadores e os últimos fatos recentes sobre Thanos.

Já a Feiticeira Escarlate e Visão estão foragidos e sem rastreio. Vivendo uma vida de seres normais, ambos tentam se entregar e viver uma vida que talvez não imaginassem ter a oportunidade de viverem. Só que o Visão é uma combinação de personalidades com uma joia, o que faz com que o personagem seja um dos alvos do lacaios de Thanos.

É complicado escrever um texto sem dar qualquer spoiler do filme em si, mas o que temos a seguir é uma aventura em que grupos inusitados se formam para impedir Thanos. É nesse ponto que Guardiões e Vingadores funcionam bem juntos, trazendo o melhor de cada filme, criando uma mistura muito boa em cena.

E se o objetivo aqui é impedir que Thanos encontre todas as joias, cada personagem está em cena para impedir que isso aconteça. O que faz um filme bastante interessante, por todos ali tentarem impedir o grande protagonista que é o Thanos.

Sem querer criar uma briga de DC X Marvel, se percebe que o filme nesse ponto trabalha muito melhor o plano de um vilão de reunir todas as peças, do que no caso mais recente disso que foi a Liga da Justiça. Sei que o filme teve uma série de problemas, mas num grosso modo, temos uma estrutura básica similar entre Lobo do Estepe e o Thanos, porém temos uma carisma muito maior no segundo, além de todo um plot de um vilão humanizando, ao se explorar a relação de pai e filha com a Gamora.

E se desde 2012, não sabíamos o que era Thanos, agora o quebra cabeça começa se formar com passado, presente e futuro do personagem sendo moldados em cena.

Assumo que Thanos me surpreendeu em conseguir contar seu plano, mostrando que não é um “vilão”, mas que pensa diferente das outras pessoas. Por mais louco e insano que isso soe, Thanos tem um objetivo muito maior em salvar o universo a sua maneira, porém resta a você acreditar nele ou discordar.

Entre os pontos altos do filme, temos um Homem Aranha sincero em não decorar os nomes de todo mundo. Entendemos seu drama e com certeza o Peter Parker repete muito do que já tínhamos visto em Guerra Civil e em seu próprio filme.

Vingadores: Guerra Infinita não é só porradaria, sendo também um filme que acrescenta e continua as sagas de cada personagem ali presente (em especial a saga do Thor pós Ragnarok), arrumando a casa para uma nova etapa.

O filme tem participações especiais e tenta linkar toda uma mitologia de todos os filmes da empresa. É verdade que as vezes tem uma barriga ali no meio do filme pra conseguir tornar o filme interessante de ponta a ponta, porém o filme agrada muito mais do que desagrada. E o mais importante é que o filme planta novidades de uma possível nova fase da Marvel. É estranho que no meio de tanta destruição exista uma nova direção, porém é nela que assumo estar mais interessado num futuro filme da empresa.

Se em Vingadores tivemos a morte do agente Coulson servindo de catalisador para criação do grupo, aqui temos isso multiplicado em 100. Diversas mortes aqui são pontuais para as mudanças que os personagens estão tendo que sofrer. E logicamente que isso é só um pontapé de uma série de discussões que estarão na mesa de bar nos próximos meses.

Será que devo escrever um texto com spoilers sobre a saga? Comentem. Caso positivo, eu volto aqui pra falar tudo sobre o novo filme, mas sem medo de falar dos spoilers.

Avengers posters CR: Marvel Studios
Avengers posters CR: Marvel Studios
Avengers posters CR: Marvel Studios
Avengers posters CR: Marvel Studios

Nota

9

Agradecimentos a Disney pelo convite

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Giuliano Peccilli
Giuliano Peccillihttp://www.jwave.com.br
Editor do JWave, Podcaster e Gamer nas horas vagas. Também trabalhou na Anime Do, Anime Pró, Neo Tokyo e Nintendo World.

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