Review | Jojo’s Bizarre Adventures parte 1 – Phantom Blood #1

Depois de anos e anos pedindo e cobrando a vinda da saga através de insistentes perguntas realizadas nas palestras de vários eventos geek, finalmente os fãs são presenteados com a chegada de Jojo ao Brasil pela editora Panini!

Anunciado sob grande comoção do público na CCXP 2017, o volume 1 da primeira temporada das aventuras de Jojo foi o maior destaque do Anime Friends 2018 e agora é o protagonista deste JMangá.

A história

Tudo começa na época em que a civilização asteca estava no auge e realizava sacrifícios de belas jovens em honra do Sol. Esses rituais eram comandados por um homem usando uma bizarra máscara de pedra, cujo poder é ativado com sangue humano.

Ela concede a vida eterna àquele que a usa, mas desaparece misteriosamente, ao mesmo tempo em que o povo asteca some, deixando para trás apenas ruínas e mistério. Muitos anos se passam e ela reaparece, mudando o destino de dois jovens para sempre.

A trama avança para 1880. O jovem Dio Brando assiste impassível à morte de seu pai, que antes de partir lhe revela parte de um segredo. Há cerca de vinte anos, supostamente salvou a vida de um cavalheiro e seu filho recém-nascido e obteve em troca capital para começar seu negócio. Dio é orientado por seu pai a procurar por este senhor após sua morte e é o que ele faz.

Chegando ao local indicado, ele conhece o herdeiro da propriedade, o inocente e aspirante a cavalheiro Jonathan Joestar, o “Jojo” desta fase. Invejoso por ver a situação confortável em que o rapaz vive, Dio resolve apropriar-se de sua vida e faz com que Jojo caia direto no inferno, ao espalhar boatos entre seus amigos, maltratar seu cachorro de estimação e até mesmo roubar o primeiro beijo de sua amada, que começa a evitar Jojo por ter vergonha do ocorrido.

Jojo reage bem mal ao descobrir o real motivo de ter sido rejeitado e acaba por sair na mão com Dio (literalmente). Neste incidente, uma gota de sangue do usurpador espirra em um curioso objeto pendurado na parede da mansão Joestar, que não é outro senão a infame máscara de pedra. Esta acaba por manifestar parte de seu poder ao receber o respingo do sangue de Dio e Jojo guarda a informação para si. Esta briga acaba custando caro para nosso protagonista, de quem Dio se vinga de forma bem cruel, mas sem deixar rastros de sua participação.

Os anos passam. Os rapazes vão juntos para a faculdade e vivem como se fossem irmãos de sangue. Enquanto Dio procura um modo de tomar a fortuna da família Joestar para si, Jojo tenta lidar com a desconfiança que ainda sente em relação ao irmão adotivo ao mesmo tempo em que estuda com afinco a máscara de ferro.

Na ânsia de tomar a fortuna de Jojo pequeno deslize faz com que ele finalmente seja desmascarado. Quando todos pensam que Dio finalmente irá pagar por aquilo que fez, ele adquire um poder inesperado… E assim começam as bizarras aventuras de Jojo.

A edição brasileira

Apesar de não ter capa dura, a versão brasileira de Jojo ficou muito bonita. Baseada no formato bunko japonês, ela possui apenas a primeira página colorida em menos volumes do que originalmente foram publicados no Japão.

Como de costume na maioria dos títulos publicados pela Panini, Jojo traz um glossário bem interessante com algumas curiosidades sobre a história e as famosas referências musicais, algumas mais óbvias e outras bem inusitadas.

A tradução é de Renata Leitão e a edição, de Diógenes Diogo. O mangá tem periocidade bimestral, custa R$ 29,90 e veio em papel off-set.

A fase Phantom Blood será concluída em três volumes e já foram confirmadas para o Brasil a segunda e terceira fases, Battle Tendency e Stardust Crusaders. No Japão, está em publicação a oitava fase do mangá, Jojolion.

Opinião

Até pegar este volume em mãos, eu nunca tinha lido nada de Jojo. Sabia que era algo bem famoso e longo, que tinha fãs muito ardorosos e poses estranhas, mas nunca tive interesse em ler… Mas acabei me rendendo a esta obra que pode ser considerada uma das definições no dicionário para a palavra bizarro.

A inocência de Jojo é digna de uma Maria do Bairro e a maldade e inveja de Dio deixariam Paola Bracho orgulhosa. O protagonista sabe muito bem que Dio é o responsável pela sua desgraça, mas mesmo assim continua confiando que tudo vai melhorar em algum momento.

Ao enfrentar Dio em nome de sua honra, mais apanha do que faz algo e não abaixa a cabeça. Sua determinação em se tornar um cavalheiro de quem seu pai e sua amada possam se orgulhar é de fazer inveja a qualquer protagonista de mangá shonen.

As situações ilógicas que se apresentam diante dele, apesar de absurdas, dão o tom do mangá e despertam a simpatia do leitor, que acaba torcendo pela evolução de Jojo, mas sem deixar de ficar curioso para ver de que forma Dio poderá arruinar mais ainda a vida de seu rival.

As batalhas são bizarras e épicas, a noção de perspectiva e anatomia mandam vários beijos do além, mas afinal, quem se importa? É Jojo e pronto.

Espero que todos os volumes tenham um excelente desempenho para que as outras fases também aterrissem por aqui. Mal li o primeiro volume e já estou ansiosa pra ver como tudo isto vai terminar e de que forma o autor, Hirohiko Araki, irá contar as aventuras de todos os Jojos. Mal posso esperar.

Agradecemos ao pessoal da assessoria da Panini por ter encaminhado o exemplar para análise.

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Luana Tucci de Lima
Luana Tucci de Lima
Fã incondicional de CLAMP, Nobuhiro Watsuki e Yuu Watase. Adora mangás Yaoi , Turma da Mônica e... mordomos de óculos.

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