Review | Sonic Superstars é uma aposta segura da Sega 

Sonic Superstars é um nostálgico retorno ao que Sonic mais e melhor sabe fazer: correr rápido. 

Semana passada, a equipe do Jwave teve a oportunidade de participar da edição deste ano da Brasil Game Show, e lá, dentro do primeiro estande da Sega na história do evento, pudemos conferir, dentre uma lista incrível de jogos, a demo de Sonic Superstars. No geral, a gente gostou do que viu e estávamos ansiosos para ver como a versão final do game ficou.

Por sorte, não demorou muito para isso acontecer, pois recebemos o código de review no começo da semana, e depois de passar algumas horas jogando, eu posso dizer com segurança que Sonic Superstars é ao mesmo tempo um excelente jogo do ouriço azul mais querido dos games e uma aposta segura por parte da Sega. Tudo o que se pode esperar de um jogo do personagem está aqui, apesar de não haver nada em termos de inovação, por assim dizer.

Por outro lado, isso não quer dizer que Sonic Superstars não diverte, muito pelo contrário. Para fãs da era de ouro de Sonic, este game é uma ótima pedida, já que mesmo com seus lindos visuais poligonais, trata-se de uma aventura nos moldes dos clássicos de Mega Drive que tanto encantaram nossa infância nos anos 1990. Dito isso, quem estiver procurando por algo que foge à regra, de uma maneira parecida que Sonic Frontiers tentou fazer no ano passado, vai se decepcionar um pouco com este novo jogo.

Uma busca ao passado

Seguindo a cartilha de 16 bits, Sonic Superstars agrada – Divulgação

Sonic Superstars segue a cartilha dos jogos da era 16 bits em praticamente todos os quesitos. Mais uma vez, o Dr. Robotnik está atrás de um modo de dominar o mundo, transformando inocentes animais em robôs controlados por ele. Como aliado ele tem Fang, o caçador, velho conhecido da turma. Falando em turma, cabe a Sonic, Tails, Knuckles e Amy atrapalhar os planos do vilão, cada um com seu estilo diferente de jogo.

Bem como nas aventuras do passado, nossos heróis percorrem mundos diferentes e enfrentam chefes no final de cada uma das fases, coletando muitos e muitos anéis, que servem como a sua fonte de vida. Desta vez, eles também podem juntar moedas de ouro, para comprar partes para seu personagem de outro modo de jogo do qual falarei mais para frente no review. Há também as misteriosas joias Chaos, as quais Knuckles protege, que em Sonic Superstars conferem poderes especiais aos personagens jogáveis.

Tudo em termos de jogabilidade neste jogo é remetente ao que já foi visto no Mega Drive, só que com uma roupagem 3D, mesmo que pouco do jogar realmente se passe em mais de duas dimensões. Sonic é capaz de travar a mira e atacar personagens ao pular, enquanto que Knuckles pode planar pelo ar, algo parecido ao que Tails é capaz de fazer; já Amy traz seu emblemático martelo para a briga. Tudo o que vimos em jogos mais antigos, como Sonic 3 e Sonic & Knuckles.

O mesmo pode ser dito sobre o design de fases do novo game, o que é um grande elogio para Sonic Superstars, pois neste quesito muitas das tentativas de resgatar o passado glorioso de Sonic deixaram a desejar. No jogo, a sensação de velocidade é alta e há muito o que se explorar em cada uma das fases, com caminhos que vão além do caminho usual da esquerda para a direita.

Outra parte do jogo que ficou muito fiel à era áurea de Sonic são as fases de bônus, onde o objetivo é ganhar moedas douradas ou encontrar as esmeraldas Chaos. Elas são iguais às telas dos jogos de 16 bits, só que agora realmente em 3D sem ter que apelar para os engenhosos truques de desenvolvimento daquela época. Eles são divertidos, apesar de repetitivos e por consequência, fáceis.

Rápido até demais

Jogando sem pressa alguma, fui capaz de zerar Sonic Superstars por completo, encontrando todas as joias Chaos, em pouco mais de duas horas, o que, comparado aos jogos que serviram de inspiração para este, está na média. Como um jogo sob os padrões da geração atual, no entanto, ele fica aquém à quantidade de conteúdo e deixa um pouco a desejar neste quesito. Há um pouco de valor replay pelo fato de haver mais de um personagem jogável, mas por terem habilidades que não se destacam exatamente, essa não é lá uma grande desculpa para jogar Sonic Superstars repetidas vezes, para ser sincero.

Fora a aventura principal, há dois outros modos de jogo: no modo batalha, você controla um personagem totalmente customizável e luta contra amigos ou oponentes via Internet em fases de velocidade e mata-mata. No final de uma sequência, todos são pontuados, e quem sai na frente ganha uma certa quantidade de moedas douradas, para gastar modificando seu robozinho. Das partidas que joguei, não tive problemas de conectividade e por incrível que pareça, ganhei todos, apesar de ser um jogador mediano de Sonic, e nisso estou me superestimando.

Comparado a outros jogos de plataforma e seus modos multiplayer, esse daqui é bem mediano, mas serve como desculpa para continuar jogando Sonic Superstars e para jogadores mais jovens, já que há uma quantidade grande de peças para se colecionar, e todas custam bem caro, o que vai fazer com que eles joguem bastante. Há níveis para se alcançar, mas não vi nada de mais quanto a isso, afinal, não há nada para se destravar, tudo tem um preço em moedas!

O outro modo de jogo é o clássico contra-o-relógio, onde você joga as fases da aventura principal o mais rápido que puder, sendo ranqueado contra outros jogadores da sua lista de amigos e do resto do mundo. Para quem é fera nos jogos Sonic, é aqui que a maior distração do jogo se encontra, uma viciante desculpa para tirar um belo de um contra com seus velocistas rivais. Para quem joga mais casualmente, não há muito o que se dizer.

Cem por cento Sonic

Em termos técnicos, Sonic Superstars é um jogo lindo. Os visuais coloridos a ponto de dizer chega realmente saltam da tela, sem falar dos personagens, especialmente Sonic, que remetem ao estilo antigo, mais redondo e fofinho. Até o Dr. Robotnik está bonitinho! A trilha sonora do jogo traz músicas que não fogem muito ao tradicional para a franquia, e para mim, pelo menos, as canções cantadas fazem falta. 

Sonic Superstars é um jogo em que a Sega decidiu não fugir da fórmula, preferindo se ater ao que fez sucesso no passado, às vezes para o detrimento do produto final como um todo. Fãs de carteirinha de Sonic encontrarão nele mais do que já amam, sem tirar nem pôr.

 Aqueles que estiverem em busca do tipo de inovação visto em Sonic Frontiers não acharão por aqui. Mesmo este sendo um jogo de qualidade, falta ambição e vontade de quebrar o molde; muito pelo contrário, ele está feliz em ficar no seguro, e isso faz de Sonic Superstars, mesmo sendo um resgate muito bem feito do passado, um jogo sem muito sal, especialmente quando comparado aos títulos do seu eterno rival de bigodinho da Nintendo. 

NOTA: 3.5/5

Ficha Técnica:

Nome: Sonic Superstars
Desenvolvedora: Arzest e Sonic Team

Publicadora: Sega
Gênero: Plataforma
Lançamento: 17 de outubro de 2023
Plataformas: PC, Xbox One, Xbox Series S e X, PlayStation 4, PlayStation 5 e Nintendo Switch
Plataforma testada: Xbox Series S

O Jwave agradece a assessoria da Sega no Brasil pelo fornecimento do código de review do jogo para a produção desta matéria.

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NOTA: 3.5/5Ficha Técnica:Nome: Sonic Superstars Desenvolvedora: Arzest e Sonic TeamPublicadora: Sega Gênero: Plataforma Lançamento: 17 de outubro de 2023 Plataformas: PC, Xbox One, Xbox Series S e X, PlayStation 4, PlayStation 5 e Nintendo Switch Plataforma testada: Xbox Series SReview | Sonic Superstars é uma aposta segura da Sega