A cidade de Bonito, em Mato Grosso do Sul, recebe a terceira edição do Bonito Cinesur – Festival de Cinema Sul-Americano, reunindo produções de destaque de países como Brasil, Argentina, Peru, Chile, Colômbia, Uruguai, Bolívia, Venezuela e Equador. A seleção de filmes reforça a proposta do festival de ser um espaço de encontro entre culturas, linguagens e territórios do nosso continente, promovendo um cinema plural e conectado às urgências do tempo presente.
Nesta edição, o evento apresenta cinco mostras competitivas que transitam entre narrativas sociais, ambientais, políticas e afetivas, com destaque para produções voltadas ao público infantojuvenil e uma mostra especial dedicada à produção local sul-mato-grossense.
Na Mostra de Longas Sul-Americanos, o Brasil está representado por A Melhor Mãe do Mundo, de Anna Muylaert, e Brasiliana, musical dirigido por Joel Zito Araújo. A seleção também inclui o equatoriano Chuzalongo, a coprodução Oro Amargo (Chile, Uruguai e Alemanha), o argentino Quinografía e o peruano Redención.
Já a Mostra de Curtas Sul-Americanos apresenta seis títulos que vão da ficção à animação, incluindo Amor en los tiempos de como sea que se llame el presente (Colômbia), Ayahuanco (Peru), Desvelo (Venezuela), La Falta (Argentina/Uruguai), Lagrimar (Brasil) e Revelación (Chile).
O cinema ambiental também ganha protagonismo, com duas mostras dedicadas ao tema. Entre os longas, destacam-se Karuara: O Povo do Rio (Peru), Kopenawa: Sonhar a Terra-Floresta (Brasil), La Cuenca (Chile), Por el Paraná: La Disputa por el Río (Argentina), Rua do Pescador nº 6, de Bárbara Paz (Brasil), e Sinfonia da Sobrevivência (Brasil).
Nos curtas, o Brasil marca presença com Insustentável: A Realidade do Petróleo na Amazônia, Sobre a Cabeça os Aviões, Sobre Ruínas e Uma Menina, Um Rio. Completam a mostra os títulos Jichi: En busca del guardián de las aguas (Bolívia) e Por la Tierra (Argentina).
O Bonito Cinesur 2025 também valoriza o cinema regional, com uma mostra específica dedicada à produção sul-mato-grossense. Foram selecionados seis filmes realizados no estado: A Última Porteira, Eleonora, Enigmas no Rolê, Jardim de Pedra – Vida e Morte de Glauce Rocha, Koi e o Rio e Tempestade Ocre.
A curadoria do festival reúne nomes importantes da crítica e produção cinematográfica sul-americana, como José Geraldo Couto, Cecília Diez, Rodrigo Fonseca, Elis Regina, Marcos Pierry e Luciana Druzina. Segundo Nilson Rodrigues, diretor do festival, a proposta é dialogar com a diversidade cultural da América do Sul e com os temas que atravessam nosso tempo: “Bonito se transforma em palco para esse encontro entre cinema e natureza, refletindo estéticas e urgências do continente.”
O Bonito Cinesur é uma realização da Associação Amigos do Cinema e da Cultura, em parceria com o Ministério da Cultura, com patrocínio do Fecomércio, SESC, EMGEA e Ancine. Conta ainda com o apoio da Prefeitura de Bonito, da Fundtur, da Setesc, do Governo do Mato Grosso do Sul, além do apoio cultural da Energisa e da Zoom Publicidade.
O festival se consolida como um dos principais eventos audiovisuais da região Centro-Oeste, fortalecendo o intercâmbio entre países sul-americanos e ampliando o alcance do cinema independente, autoral e comprometido com transformações sociais e ambientais.

