Depois de passar por Bangkok, Nova York e Tóquio, a franquia Detetive Chinatown retorna às telonas com um projeto ousado: Detetive Chinatown: O Mistério de 1900, primeiro filme de época da saga criada por Chen Sicheng. Com estreia marcada para 15 de maio nos cinemas brasileiros, o longa chega por aqui com distribuição da SATO Company e traz uma história ambientada em São Francisco, durante a virada do século XIX para o XX.
Não é por acaso que a expectativa é alta. A série de filmes já arrecadou mais de 1,8 bilhão de dólares mundialmente, com os três últimos longas entre as maiores bilheterias da história do cinema chinês. Agora, o novo filme se propõe a aprofundar temas sociais relevantes ao mesmo tempo em que mantém o humor e os mistérios eletrizantes que conquistaram os fãs.
E por que ver no cinema? A gente te explica.
1. Uma franquia que já conquistou o mundo

Desde 2015, a franquia criada por Chen Sicheng vem surpreendendo o público com histórias cheias de reviravoltas, bom humor e cenários internacionais. Tudo começou com a improvável dupla Qin Feng (Liu Haoran) e Tang Ren (Wang Baoqiang), que solucionava crimes em Bangkok, Nova York e Tóquio. Os três primeiros filmes ultrapassaram US$ 1,8 bilhão em bilheteria global e garantiram à série um lugar entre as mais bem-sucedidas da história do cinema chinês. A saga também deu origem a uma série de TV elogiada, que ganhou uma segunda temporada em 2024. Com esse histórico, O Mistério de 1900 chega com grandes expectativas e a promessa de expandir ainda mais esse universo cinematográfico.
2. Um novo caso cheio de reviravoltas

Desta vez, a ação se passa em 1900, em meio à tensão racial nos Estados Unidos, quando a filha de um influente congressista é assassinada. O crime, rapidamente atribuído ao filho de um líder chinês local, acende um estopim de ódio contra a comunidade imigrante. É nesse cenário explosivo que dois novos protagonistas entram em cena: Qin Fu, um médico tradicional chinês, e Ah Gui, um misterioso caçador em busca de vingança. O roteiro mantém a essência da franquia, com uma investigação complexa, cheia de pistas escondidas e surpresas, tudo equilibrado com doses certeiras de humor.
3. Elenco estelar em novos papéis

Os protagonistas da trilogia original retornam em papéis inéditos. Wang Baoqiang vive Ah Gui, um personagem com um passado trágico e movido pela sede de justiça. Já Liu Haoran interpreta Qin Fu, um intelectual que une raciocínio lógico e medicina tradicional para desvendar o assassinato. O elenco ainda conta com Chow Yun-Fat (O Tigre e o Dragão), como Bai Xuanling, e John Cusack, que interpreta o congressista Grant. Essa combinação entre estrelas do cinema chinês e nomes conhecidos de Hollywood reforça a ambição global do projeto.
4. Uma direção em nova sintonia

O filme marca a primeira parceria na direção entre Chen Sicheng e Dai Mo. Conhecido por conduzir todos os filmes anteriores, Chen divide pela primeira vez os créditos, e isso trouxe uma energia diferente à produção. A codireção enriqueceu o estilo visual e trouxe uma nova agilidade ao desenvolvimento da trama, sem perder a identidade da franquia. A reconstituição da Chinatown de 1900 é um espetáculo à parte, com figurinos detalhados, cenários imersivos e uma fotografia que dá vida ao período histórico.
5. Temas atuais em um cenário histórico

Apesar de se passar há mais de um século, o filme fala diretamente ao presente ao abordar temas como xenofobia, racismo institucionalizado e resistência cultural. A Lei de Exclusão Chinesa, em vigor nos EUA na época, serve de pano de fundo para a tensão vivida pelos personagens. A obra não apenas diverte, mas também provoca reflexões ao expor injustiças sociais e políticas excludentes, reforçando a importância da memória histórica — tudo isso sem perder o ritmo de um bom filme de mistério.
Detetive Chinatown: O Mistério de 1900 é mais do que um novo capítulo da franquia — é um filme que ousa ao dialogar com a história sem perder a leveza e o carisma de seus personagens. E para quem é fã de cinema internacional, mistério e boas histórias, assistir a essa produção na tela grande é uma experiência que vale a pena.