A Netflix anunciou 10 novas produções brasileiras com estreia prevista para os próximos anos, reforçando sua aposta no audiovisual nacional com histórias que só poderiam ser contadas aqui. Entre séries, filmes, documentários e realities, os títulos começam a ser gravados ainda neste mês de maio e prometem diversidade de gêneros, olhares criativos e temas que transitam entre o pop, o histórico e o inesperado.
A principal aposta da plataforma é Emergência Radioativa, minissérie inspirada no maior acidente radiológico fora de uma usina nuclear: o caso do Césio-137, em Goiânia, nos anos 1980. A produção recria a tensão de médicos e físicos diante da tragédia invisível, com direção de Fernando Coimbra e criação de Gustavo Lipsztein, em parceria com a Gullane Filmes.
Para quem curte ação e emoção, Fúria mergulha no universo do MMA e acompanha a trajetória de um jovem lutador em busca de identidade. Criada por Igor Verde e Gustavo Bragança, a série tem cenas de luta coreografadas por Peter Lee Thomas e direção de José Henrique Fonseca. A produção é da Zola Filmes.
Na pegada reality, a Netflix aposta em Meu Namorado Coreano, doc-reality que acompanha cinco brasileiras vivendo intensamente o amor e o choque cultural em Seul. Produzido pela Floresta, o programa dialoga com o interesse crescente dos brasileiros por realities e pela cultura coreana, com gravações intensas e casting pensado para refletir essa conexão.
A paixão nacional também marca presença em dois projetos voltados ao futebol. O primeiro é Brasil 70 – A Saga do Tri, minissérie que revisita a Copa de 1970 com uma abordagem imersiva, usando efeitos especiais para colocar o público dentro de campo. Dirigida por Pedro e Paulo Morelli, a obra é uma produção da O2 Filmes.
Já em tom documental, dois títulos abordam histórias do esporte. Um deles, focado em Ronaldinho Gaúcho, resgata episódios pouco conhecidos do craque com tom leve e divertido, em coprodução da Canal Azul e Trailer Filmes. O outro se volta ao Santos Futebol Clube e narra o retorno de Neymar Jr. ao time da Vila Belmiro em meio à reconstrução do clube após anos difíceis. A produção é da Improbable Media e Ginga Pictures, com direção de David Charles Rodrigues.
O gênero terror entra no catálogo da Netflix com uma produção nacional inédita: Fazenda Colonial. O longa acompanha um grupo de amigos em uma viagem a uma fazenda histórica que revela horrores enraizados no passado do Brasil. Dirigido por Marcela Mariz e Renata di Carmo, e produzido pela Kromaki e Panda Filmes, o filme une elementos sobrenaturais a críticas sociais.
Outro longa de impacto é o thriller inspirado no caso Elize Matsunaga. Com roteiro de Raphael Montes e direção de Vellas, a produção da Boutique Filmes mistura melodrama e crime em um retrato psicológico sobre relações tóxicas, classe social e violência.
A Netflix também lança seu primeiro documentário de natureza produzido no Brasil: Marcha das Onças. Acompanhando três onças-pintadas no Pantanal desde filhotes até a fase adulta, o filme dirigido por Lawrence Wahba e coproduzido pela Duo2 com a francesa Bonne Pioche usa tecnologia de ponta para destacar a importância da preservação da espécie e do bioma brasileiro.
Por fim, o universo de Sintonia retorna em formato de filme, focado na trajetória de Nando. O personagem vivido por Christian Malheiros ganha um spin-off que amplia a história iniciada na série e promete entregar emoção e novos conflitos. A direção é de Johnny Araújo, com produção da Gullane.
As produções refletem um compromisso contínuo da Netflix com a criatividade brasileira, mesclando inovação, pluralidade e muita identidade nacional.
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