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Sérgio Cantú comenta bastidores de seus trabalhos mais recentes na Netflix

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Com mais de 30 anos de carreira, Sérgio Cantú voltou a chamar atenção dos fãs da dublagem brasileira ao atuar em dois lançamentos recentes da Netflix no universo dos animes: Devil May Cry e O Nascer da Lua. Ele atuou em áreas diferentes nesses projetos — dirigindo a dublagem de Devil May Cry e dublando o protagonista de O Nascer da Lua — e compartilha detalhes sobre o processo de adaptação, as dificuldades encontradas e a importância de manter a qualidade e a fidelidade ao material original.

No anime Devil May Cry, lançado em 3 de abril na Netflix, Cantú foi o responsável pela direção da dublagem em português. A produção exigiu uma atenção especial para equilibrar a autenticidade da obra com uma versão natural e fluida para o público brasileiro. “A série tem uma legião de fãs muito apaixonados, por isso é fundamental preservar o tom, a intensidade e o estilo visual que o original apresenta, traduzindo tudo isso para a voz,” explica Sérgio.

Já em O Nascer da Lua, disponibilizado no dia 10 de abril, Cantú voltou ao microfone para interpretar Jacob Shadow, também chamado de Jack. O personagem é introspectivo, complexo e repleto de nuances emocionais, o que demandou do dublador um trabalho delicado para transmitir sentimentos por meio do tom de voz, das pausas e da respiração. “Foi um papel que exigiu muita entrega, pois Jack não é de muitas falas, mas tem uma carga emocional muito forte que precisava chegar ao público de forma clara,” conta.

A proximidade com colegas de longa data tornou a experiência ainda mais especial. No elenco, Sérgio dividiu espaço com grandes nomes como Fernanda Baronne (Rhys Rochelle), Raphael Rossatto (Georg Landry) e Marco Ribeiro (Bob Skylum), sob a direção de Luiza Viotti. “Trabalhar com amigos e talentos conhecidos ajuda a criar uma energia única no estúdio,” comenta.

A trajetória de Sérgio Cantú no mercado da dublagem é marcada por personagens icônicos, tanto no universo dos animes quanto em produções internacionais. Entre suas vozes mais lembradas estão L, de Death Note, William Vangeance, de Black Clover, Aki Hayakawa, de Chainsaw Man, e o protagonista Shinichirō Sano, de Tokyo Revengers. Também dublou personagens fora do universo anime, como Sheldon Cooper em The Big Bang Theory, Andrew Garfield em O Espetacular Homem-Aranha e diversos atores famosos, incluindo Zac Efron, Jesse Eisenberg, Elijah Wood e Shia LaBeouf.

Além da atuação, Cantú é um experiente diretor e tradutor de dublagem. Recentemente, comandou a adaptação brasileira da série X-Men ’97, trazendo o clássico dos anos 90 para uma nova geração com uma abordagem contemporânea. Sua assinatura está presente em grandes produções da Marvel, como Interestelar, Guardiões da Galáxia, Capitão América: O Soldado Invernal, Mad Max: Estrada da Fúria e Star Wars: O Despertar da Força. Também dirigiu a dublagem dos filmes Deadpool & Wolverine (2024) e Thunderbolts.

Para ele, cada projeto é uma oportunidade de fortalecer a dublagem nacional, mostrando sua diversidade e importância na aproximação entre o conteúdo original e o público local. “A dublagem é uma arte que exige sensibilidade, respeito e muita dedicação. Participar de produções variadas ajuda a mostrar essa pluralidade e o quanto ela é fundamental,” finaliza.

Sobre Sérgio Cantú

Com mais de 30 anos dedicados à dublagem, Sérgio Cantú é também tradutor e diretor, além de um apaixonado por cultura pop. É conhecido por ser a voz de personagens como Sheldon Cooper (The Big Bang Theory), Andrew Garfield (O Espetacular Homem-Aranha), e L (Death Note). Sua trajetória inclui a direção da dublagem da maior parte dos filmes da Marvel Studios desde Capitão América – O Soldado Invernal até Guardiões da Galáxia vol. 3. Formado em Bioquímica com mestrado e doutorado pela UFRJ, Sérgio mantém sua veia nerd viva com séries, RPG e boardgames.

Sérgio Cantú permanece uma referência no cenário da dublagem brasileira, mostrando como talento, experiência e paixão pelo ofício garantem que personagens ganhem voz e alma para o público brasileiro, especialmente em lançamentos que mexem com a nostalgia e a cultura pop.

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