O Samsung TV Plus foi o protagonista da programação do Rio2C com um dia inteiro dedicado ao ecossistema FAST (Free Ad-Supported Streaming TV). Encerrando o FAST Summit, a plataforma reuniu executivos, especialistas e representantes da indústria para debater os rumos desse modelo de transmissão gratuita com suporte publicitário, que vem ganhando relevância no Brasil e no mundo.
Durante seis painéis, foram explorados desde o cenário global até estratégias práticas para criação e monetização de canais. O evento serviu como ponto de encontro entre dados, tecnologia, publicidade e curadoria de conteúdo, com um objetivo comum: entender como tornar o FAST uma alternativa sustentável, acessível e adaptada ao público local.
Embora o termo ainda seja recente para o grande público, os números indicam uma rápida adoção. Segundo Maria Rúa Aguete, da OMDIA, o Brasil está entre os maiores mercados do mundo em receita com FAST. A executiva revelou que mais de 45% dos usuários de Smart TVs acessam conteúdos do Samsung TV Plus, colocando o país como líder na América Latina e o segundo maior mercado fora dos Estados Unidos. A projeção é que a receita salte de US$ 100 milhões (2024) para US$ 303 milhões até 2029.
O conteúdo ao vivo, especialmente o jornalístico e esportivo, apareceu como um dos pilares do crescimento. Painéis com representantes da CNN Brasil e CazéTV mostraram que o modelo FAST ajuda a ampliar o alcance e democratizar o acesso à informação e ao entretenimento. Para Virgílio Abranches, da CNN, “a democratização do conteúdo anda de mãos dadas com o jornalismo”. Teresa Penna, da CazéTV, destacou que o canal encontrou no FAST uma forma de ampliar sua distribuição e fidelizar públicos durante grandes eventos, como as Olimpíadas.
A experiência do usuário e a curadoria também foram destaques. Aline Jabbour (Samsung TV Plus LATAM) e Fabricio Proti (Pluto TV) trouxeram visões complementares sobre crescimento sustentável: canais de nicho, renovação constante da programação e alinhamento com os hábitos locais foram apontados como pontos-chave para o sucesso. Para ambos, o FAST é TV — só que com uma nova estrutura técnica e de negócio.
Na perspectiva técnica, o painel “Como Criar um Canal FAST?” trouxe Daniela Souza (AD Digital) e Fábio Lima (Sofa Digital) para detalhar o processo de implantação: da aquisição de conteúdo à distribuição e monetização. Daniela apresentou um fluxo dividido em oito etapas, destacando a importância da análise contínua de desempenho para manter o canal relevante. Já Lima reforçou a necessidade de ampliar a presença de conteúdos nacionais e atualizados para sustentar o interesse do público brasileiro.
O painel “O Poder dos Dados”, com Ingrid Veronesi (Comscore), trouxe uma base analítica robusta ao evento. Ela apresentou dados que indicam o alto engajamento do público com TVs conectadas: 61% assistem diariamente, com média de 4 horas por dia. Além disso, 84% das pessoas tomaram alguma atitude após verem um anúncio no formato CTV, o que reforça a eficácia do modelo para anunciantes.
Fechando o summit, o painel sobre Mídia Programática com Rafael Pallarés (Magnite) e Stephen Hodge (OTTera) detalhou como a publicidade automatizada pode ser uma aliada na entrega de campanhas mais precisas, alinhadas ao perfil de consumo de cada usuário. A abordagem programática foi apontada como essencial para garantir a viabilidade financeira dos canais FAST, conectando marcas e audiência com maior eficiência.
No dia seguinte, o painel “FAST na Corrida da Monetização” retomou os principais pontos discutidos e destacou a importância do conteúdo localizado. Felipe Gagliardi (Samsung TV Plus LATAM) afirmou que métricas internas indicam que dois terços dos usuários preferem conteúdos dublados, reforçando o papel da localização como diferencial competitivo no mercado brasileiro.
A participação do Samsung TV Plus no Rio2C reafirmou o protagonismo da plataforma na expansão do modelo FAST no Brasil. Ao unir dados, curadoria, tecnologia e publicidade, o evento sinalizou um caminho sólido para o futuro do streaming gratuito, que caminha para se tornar não apenas viável, mas estratégico para marcas, produtores de conteúdo e consumidores.
