A aguardada sequência do fenômeno chinês Terra à Deriva, intitulada Terra à Deriva 2: Destino, teve sua estreia nos cinemas brasileiros adiada. Inicialmente prevista para esta quinta-feira, 5 de junho, a nova data será divulgada em breve pela distribuidora Sato Company.
Sucesso absoluto na China, o filme ultrapassou os US$ 500 milhões em bilheteria em apenas 16 dias e foi o representante oficial do país na corrida pelo Oscar de Melhor Filme Internacional em 2024. Com mais de US$ 1,24 bilhão somado entre os dois filmes, a franquia se consolidou como um marco da ficção científica global e o maior expoente do gênero na história do cinema chinês.
Baseado na obra do consagrado autor Liu Cixin, o primeiro longa foi lançado mundialmente pela Netflix em 2019 e surpreendeu o mundo ao se tornar a terceira maior bilheteria do ano, atrás apenas de Vingadores: Ultimato e Capitã Marvel. A sequência, dirigida por Frant Gwo, mantém o escopo grandioso da estreia, mas expande ainda mais o universo narrativo e visual, com uma produção que cresceu dez vezes em tamanho — o estúdio de filmagem alcançou a impressionante marca de 1 milhão de metros quadrados.
Com efeitos visuais assinados novamente pela renomada Pixomondo, o longa recebeu críticas entusiasmadas, com destaque para a nota 8.3 no Douban, plataforma chinesa comparável ao IMDB. Usuários elogiaram a complexidade do enredo e os avanços técnicos, que refletem a ambição do cinema chinês de competir em pé de igualdade com as grandes produções ocidentais.
Entre as novidades, o filme traz uma conexão direta com o Brasil: a atriz Daniela Tassy, radicada na China desde 2014, interpreta uma astronauta brasileira com papel fundamental na trama. Sua presença representa não só uma inclusão narrativa, mas também um gesto simbólico da crescente colaboração cultural entre Brasil e China no cenário audiovisual.
Terra à Deriva 2: Destino aprofunda o tema da coletividade — já central no primeiro filme — com foco nas alianças globais diante de uma ameaça cósmica: a extinção do sol. A produção explorou essa abordagem internacional também nos bastidores, com locações em países como Estados Unidos, França, Islândia e Colômbia. Essas cenas foram gravadas com equipes locais e coordenadas em tempo real por meio de tecnologia de nuvem e transmissão ao vivo a partir da China.
A dimensão épica da narrativa, aliada à escala técnica da produção, reforça o status da franquia como um dos maiores orgulhos do cinema chinês contemporâneo. E para os fãs, há mais no horizonte: um terceiro capítulo da saga está confirmado para 2027.
Apesar do adiamento no Brasil, a expectativa permanece alta. Quando Terra à Deriva 2: Destino finalmente chegar aos cinemas, será mais que uma continuação — será a consolidação de uma das mais audaciosas visões de ficção científica do século XXI.