É o que revela The Shape of Play, pesquisa global divulgada pela Mattel como parte da comemoração dos 80 anos da marca. Com mais de 33 mil participantes em sete países, incluindo o Brasil, o estudo mostra que a brincadeira é muito mais do que diversão: ela melhora a saúde mental, combate a solidão e estimula a criatividade.
Realizado em parceria com a MADO e a Dynata, o levantamento ouviu pessoas de todas as idades em países como EUA, Japão, China, Alemanha, Finlândia, África do Sul e Brasil. O resultado é um retrato global sobre a importância de manter o espírito lúdico vivo em um mundo cada vez mais acelerado — e cansado.
Brincar faz bem
A pesquisa mostra que 94% dos entrevistados acreditam que brincar é importante em qualquer idade. Para 87%, o ato de brincar ajuda a reduzir a solidão e o isolamento, enquanto 85% consideram a brincadeira uma parte essencial da vida. Em tempos de rotina intensa, telas em excesso e conexões superficiais, brincar se torna uma ferramenta poderosa de bem-estar.
E os benefícios não param por aí: 70% dos adultos ainda se sentem “meio crianças”, e quase 70% das pessoas entrevistadas dizem que suas ideias mais criativas surgem enquanto estão brincando. É no momento em que a mente relaxa que surgem soluções, projetos e novas perspectivas.
Brincar é resistência
Apesar dos impactos positivos, um em cada três adultos diz que não brinca o suficiente. A falta de tempo, preocupações com segurança e o próprio isolamento social acabam afastando as pessoas de algo essencial. Enquanto isso, mais da metade das crianças já se sentem “meio adultas” — um reflexo direto de um mundo que acelera o amadurecimento e reduz o espaço do lúdico.
A boa notícia? O brincar está em todos os lugares: com brinquedos físicos, pets, jogos online ou até pequenas interações no dia a dia. A pesquisa ainda aponta que 81% das pessoas acreditam que brinquedos físicos seguem relevantes, inclusive entre adultos, com impactos diretos no desenvolvimento da empatia e na saúde emocional.
Perfis de brincadeira mostram que há espaço para todo mundo
The Shape of Play também identificou seis perfis de brincantes:
- Criadores Coloridos, que exploram a criatividade;
- Caçadores de Habilidades, focados em aprender coisas novas;
- Exploradores Independentes, que brincam sozinhos e com autonomia;
- Cultivadores da Curiosidade, sempre abertos a novas descobertas;
- Criadores de Memórias, que valorizam momentos afetivos;
- Animadores Sociais, que fazem do brincar uma forma de conexão.
Essa diversidade mostra que não existe uma maneira certa de brincar — e que todos, independentemente da idade, podem (e devem) encontrar espaço para a diversão no cotidiano.
Brincar conecta gerações, culturas e histórias
Com entrevistas em países e culturas diferentes, a pesquisa mostra como o brincar se adapta e reflete as realidades locais. No Brasil, ele aparece como sinônimo de conexão. Na Finlândia, é visto como forma de superação. Já na África do Sul, o brincar é um espaço para experimentar e se reinventar. Mesmo com contextos tão diversos, o impacto da brincadeira é universal.
Plataforma online reúne estudo completo e recursos para educadores e famílias
Para ampliar o acesso ao conteúdo, a Mattel lançou uma plataforma online com o relatório completo, além de documentário e trailer sobre o estudo. O material é gratuito e voltado para pais, educadores, cuidadores, profissionais da saúde e formuladores de políticas públicas.
Chris Down, Chief Design Officer da Mattel, resume o espírito da pesquisa: “Brincar não é só coisa de criança — é uma ferramenta de transformação para todas as idades.”