O Brasil quer sediar em 2027 um dos eventos mais ousados do cenário esportivo e gamer mundial: os Games of the Future (Jogos do Futuro). Mais do que um torneio de e-sports, o evento promove o encontro entre esporte físico e digital em uma competição que distribui 10 milhões de dólares em prêmios e atrai atletas e jogadores de diversas partes do mundo.
A proposta do país foi oficialmente apresentada em São Paulo, durante a visita de representantes da World Phygital Community (WPC) e da Phygital International, organizadora do campeonato. Além do Brasil, também estão na disputa para sediar o evento os seguintes países: Sérvia, Uzbequistão e África do Sul.
Três mundos em um: físico, digital e tecnológico
O evento é dividido em três grandes categorias:
- Esportes figitais: modalidades como futebol, basquete e dança, que alternam entre a arena real e o ambiente virtual. Os competidores podem jogar uma partida de EA FC 24, por exemplo, e depois disputar um jogo físico em campo reduzido.
- E-sports: jogos 100% digitais, em consoles e PCs, com as modalidades clássicas que já movimentam bilhões em audiências e patrocínios.
- Tech Sports: o segmento mais futurista da competição, com batalhas de robôs, corridas de drones e outras disputas em que a tecnologia é a verdadeira protagonista.
Sucesso na estreia e números que impressionam
A primeira edição, realizada em 2024 em Kazan, na Rússia, já mostrou o potencial do evento: mais de 2 mil atletas de 116 países, 300 mil visitantes presenciais e mais de 3 bilhões de visualizações online. Um alcance digno das maiores competições esportivas do mundo.
São Paulo na mira para sediar a competição
Caso a candidatura brasileira seja aprovada, São Paulo é o destino mais provável para receber a edição de 2027 dos Jogos do Futuro. A cidade já abriga eventos internacionais de tecnologia e games, como a BGS e agora a gamescom latam, e conta com infraestrutura e público para suportar um evento de grande porte, com arenas híbridas e espaço para experiências imersivas.
A nova fronteira dos esportes
Para René Fasel, fundador e CEO da Phygital International, o modelo figital representa o futuro da competição esportiva: “É um reflexo da geração que cresceu conectada, mas não abre mão da atividade física. Os Jogos do Futuro são sobre equilíbrio, inovação e inclusão”. Já Moacyr Alves Junior, CEO da Phygital Games Brasil e representante da WPC no país, reforça que o evento pode trazer impactos econômicos e culturais significativos para o Brasil e para toda a América Latina.
Além disso, o projeto brasileiro prevê a criação de programas educacionais voltados para escolas, promovendo a profissionalização de jovens atletas digitais e físicos, e incentivando uma nova cultura esportiva que nasce com o uso da tecnologia como ferramenta de desenvolvimento.
Um novo nível para o cenário gamer brasileiro
A candidatura do Brasil não é apenas estratégica — ela é simbólica. O país, que já tem uma das comunidades gamers mais engajadas do planeta, pode assumir o protagonismo global em uma nova era de esportes. Se vencer, o Brasil não só será palco de um evento inovador, mas também estará na linha de frente de uma transformação que une o corpo, o controle e o código.