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Primeiras Impressões | Spin-off, My Hero Academia: Vigilantes surpreende e aprofunda universo da série

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Direto das páginas do mangá criado em 2016, a animação My Hero Academia: Vigilantes é um spin-off de My Hero Academia e segue a tendência atual de mangás de sucesso ganharem histórias paralelas que expandem a obra principal. Aqui em My Hero Academia: Vigilantes, a decisão foi contar uma história que se passa cinco anos antes do animê que conhecemos e, agora animado, mostra que existem muitas narrativas a serem contadas no mundo criado por Kōhei Horikoshi.

Mas vamos lá. Vocês lembram que My Hero Academia nos levou ao topo da hierarquia dos heróis licenciados. Aqui em Vigilantes, a ideia é explorar a informalidade, então a obra vai para as margens dessa sociedade em que a grande maioria são heróis.

A história de My Hero Academia: Vigilantes

No centro de tudo, temos Koichi Haimawari, um universitário meio sem graça, que tem a individualidade de flutuar por aí ao colocar os pés e as mãos no chão, o que faz com que ele seja constantemente associado a uma barata. Sempre ajudando as pessoas, ele acaba usando uma roupa em “homenagem” ao All Might e segue pegando lixo das pessoas e fazendo outras bondades pela região, ganhando o apelido de “Cara Legal”.

Enquanto isso, temos Pop☆Step, que seria uma garota mais idol do que heroína e que movimenta pessoas ali no bairro. Acaba que um dia, alguns delinquentes pegam Pop☆Step querendo desmoralizá-la, tentando arrancar a roupa espalhafatosa dela. É fato que Koichi não tem força para enfrentá-los, o que acaba sendo resolvido com a chegada de Knuckleduster.

Podemos dizer aqui que Knuckleduster está mais para um “Batman” musculoso, com seu traje todo preto e vendo que poderia salvar os dois ali, além de transformá-los em potenciais aliados.

Sem licença

O grande charme de My Hero Academia: Vigilantes é que Knuckleduster explica que não precisa de licença para ser um herói e que atua na informalidade. O que seria ilegal pode abaixar a régua dos grandes poderes para fazer a diferença, o que interessa a Koichi Haimawari em se tornar um aliado do Knuckleduster.

Além disso, a dinâmica dele com Pop☆Step e Knuckleduster fará a diferença. Com personalidades bem diferentes, basicamente são eles que terão que ensinar ao Knuckleduster a pegar leve com a força para ter aprovação do público.

Produção

Quase dez anos depois da publicação do mangá, a adaptação estreou agora em abril de 2025 e já chega com pedigree. My Hero Academia: Vigilantes é dirigido por Kenichi Suzuki (JoJo’s Bizarre Adventure, Cells at Work!) e tem roteiro de Yosuke Kuroda (Trigun, My Hero Academia).

Produzida pelo estúdio bones, podemos dizer que a animação não economizou na qualidade, mostrando um enorme salto em relação ao próprio My Hero Academia. Trazendo cores bem vivas, lutas intensas muito bem feitas e uma direção de arte que consegue diferenciar as obras entre si, mesmo mantendo tudo no mesmo traço do autor.

O mérito de manter tudo tão coeso, em parte, é do design dos personagens feito por Takahiko Yoshida, que traduz a atmosfera mais suja e pé no chão do mangá original, sem perder o estilo. Além dele, o animê tem direção de arte de Yukihiro Watanabe e fotografia de Yingying Zhang, que conseguem traduzir o tom mais urbano, se afastando da série original, sem perder a beleza na animação.

Kocchi no Kento rouba a atenção ao cantar a abertura de My Hero Academia: Vigilantes

Se você viu o hit Hai Yorokonde por aí, conhece Kocchi no Kento, responsável pela abertura Kekka Ōrai de My Hero Academia: Vigilantes. Nome artístico de Kento Sugō, ele é chamado no Japão de uma das vozes mais promissoras da nova geração.

Nascido em 1996, ele é o irmão mais novo do ator Masaki Suda e começou fazendo covers a cappella na internet em 2019, mas explodiu em 2024 com o hit Hai Yorokonde, que viralizou nas redes ao retratar o estresse dos salarymen com estética retrô inspirada em mangás da era Shōwa.

O sucesso foi tanto que ele venceu o 66º Japan Record Awards como Artista Revelação e participou do Kōhaku Uta Gassen, programa mais famoso da televisão japonesa e tradicional da virada de ano por lá.
Tendo anunciado uma pausa na carreira em janeiro de 2025, o cantor surpreendeu a todos ao lançar Kekka Ōrai no dia da estreia do animê na televisão japonesa e na Crunchyroll. A música lembra as batidas de Hai Yorokonde, mas aqui com uma letra que mostra o caos urbano que é a proposta da série original. Kocchi no Kento fez de novo e veio pra ficar.

Dublagem brasileira

Estreando junto com a animação, a dublagem de My Hero Academia: Vigilantes chega com um elenco de peso e direção no estúdio Dubrasil. Com Fábio Campos na direção e Marcela de Barros na adaptação, a dublagem conta com nomes já familiares para os fãs de animes.

O protagonista Koichi Haimawari ganha voz com Rony Frauches (Takuya Ohara em 365 Days to the Wedding), enquanto Kazuho Haneyama é interpretada por Raíssa Bueno (Princesa Elizabeth D’York em Requiem of the Rose King). Já o vigilante Sr. Oguro (Knuckleduster) é dublado por Sérgio Moreno (Jin em Lycoris Recoil).

Entre outros destaques estão Bruno Marçal como Soga Kugisaki, Bárbaro Carrêa como Rapt Tokage, Renan Ramme como Moyuru Tochi e a volta de vozes icônicas do universo principal, como Lipe Volpato (Izuku Midoriya), Nestor Chiesse (All Might) e César Marchetti (Shota Aizawa).

A produção contou ainda com um time técnico experiente, incluindo Anderson Carvalho, Bárbaro Carrêa e Gabriel Ruivo, além da mixagem assinada por Rony Frauches e captação de Ana Júlia Brito e Aline Santos.

Opinião

Falando do primeiro episódio, My Hero Academia: Vigilantes foge do óbvio que se espera de um spin-off de contar mais do mesmo e vai para uma direção que não só gera curiosidade, como cria expectativas sobre como será sua jornada.

Tendo 15 volumes e com o mangá já encerrado no Japão (e publicado aqui pela Editora JBC), My Hero Academia: Vigilantes tem muita história pra contar e tem final fechado com a obra original, o que pode trazer ótimos easter eggs no decorrer da temporada.

Vale a curiosidade de que a personagem Pop☆Step foi um fenômeno à parte e a idol de rua quase ganhou um spin-off para chamar de seu, ao se tornar uma das personagens mais populares nas pesquisas realizadas pelo mangá.

Trazendo vários nomes que trabalharam no animê original, My Hero Academia: Vigilantes teve um ótimo pontapé inicial e merece o devido destaque na temporada. Com sua estreia promissora e uma pegada mais madura, acaba sendo um ótimo respiro para quem quer mais da obra original, sem soar como mais do mesmo.

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