O filme Redenção, dirigido por Icíar Bollaín estreia nesta quinta-feira, 16 de janeiro nos cinemas. Inspirado na história real de Maixabel Lasa, o longa aborda temas como dor, perdão e reconciliação em meio à violência do terrorismo. O drama será exibido em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, João Pessoa, Palmas, Aracaju, Caxias do Sul e Ribeirão Preto.

Uma História Baseada em Fatos Reais

Redenção retrata a trajetória de Maixabel Lasa, cujo marido, Juan María Jaúregui, foi assassinado pelo grupo separatista ETA em 2000. Onze anos após a tragédia, Maixabel recebe uma proposta inesperada: um dos assassinos de Juan, agora preso e arrependido, deseja se encontrar com ela. Apesar de sua dor e incertezas, Maixabel aceita o encontro, um marco em sua jornada de enfrentamento ao passado.

Reconhecimento Internacional

O filme recebeu 14 indicações ao Prêmio Goya, maior honraria do cinema espanhol, conquistando o troféu de Melhor Atriz Protagonista para Blanca Portillo. A atriz, já premiada em Cannes por seu trabalho em Volver, de Pedro Almodóvar, entrega uma performance profundamente comovente no papel de Maixabel. Além disso, Redenção foi destaque no Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, competindo ao principal prêmio, a Concha de Ouro, e também no Festival de Cinema de Chicago, onde foi indicado a Melhor Filme.

Icíar Bollaín, renomada cineasta espanhola, explora o impacto emocional das Reuniões Restaurativas de 2011, quando vítimas e agressores de crimes terroristas se encontraram para buscar reparação. A diretora destaca a complexidade desses encontros, que vão além do perdão e mergulham em uma análise sincera da dor e do arrependimento. Segundo ela, Redenção é uma tentativa de narrar essa história com respeito e sensibilidade.

Elenco e Produção

Além de Blanca Portillo, o elenco inclui Luis Tosar, que interpreta um dos ex-membros do ETA. A produção é assinada pela Kowalski Films, reconhecida por promover talentos bascos e realizar projetos autorais e comerciais, e pela Feelgood Films, que preza pela qualidade em seus trabalhos cinematográficos.

A Diretora

Icíar Bollaín iniciou sua carreira como atriz em O Sul (1983) e, desde então, construiu uma trajetória sólida como diretora e roteirista. Entre seus trabalhos estão Oi, Estás Sozinha? (1995) e Te Darei Meus Olhos (2003), vencedor de dois prêmios Goya.

Com uma narrativa poderosa e atuações marcantes, Redenção é uma experiência cinematográfica indispensável para quem busca histórias humanas e transformadoras. Lembrando que estreia nesta quinta-feira, 16 de janeiro nos cinemas.

Liam Neeson volta às telas com “Último Alvo”, um drama de ação dirigido por Hans Petter Moland, conhecido por trabalhos como “Vingança a Sangue Frio”. O filme chega aos cinemas brasileiros em 27 de fevereiro, trazendo uma história que mistura violência, introspecção e os desafios de recomeçar.

A trama: crime, família e a luta contra o tempo

O filme acompanha Murtagh (Liam Neeson), um ex-mafioso que tenta se reconectar com sua família após descobrir uma doença terminal. Determinado a se redimir, ele embarca em uma perigosa missão contra uma organização criminosa rival. Dividido entre a lealdade ao seu passado e a vontade de mudar, Murtagh enfrenta inimigos, antigos aliados e, principalmente, seus próprios demônios.

O diretor define a história como um retrato íntimo de um homem em conflito. À medida que Murtagh lida com os efeitos da idade e da deterioração mental, ele se vê forçado a confrontar a violência que marcou sua vida. Segundo Moland, o filme equilibra momentos de brutalidade crua com cenas tocantes que mostram a dificuldade do protagonista em lidar com sua própria humanidade.

Ação crua e reflexões pessoais

Apesar de ser um veterano do mundo do crime, Murtagh não é um homem habilidoso quando o assunto é administrar seus relacionamentos. Essa dualidade, entre o profissional frio e o pai vulnerável, dá profundidade ao personagem. O diretor ressalta que as cenas de ação são brutais e sem glamour, mas funcionam como um contraste para os momentos mais pessoais, que tocam na essência de alguém que tenta se reconectar com o que perdeu.

Elenco e produção

Além de Neeson, o filme conta com Ron Perlman e Yolanda Ross no elenco. O roteiro é assinado por Tony Gayton, que explora os dilemas de um homem preso entre lucidez e arrependimento. A produção é liderada por Warren Goz, Eric Gold, Roger Birnbaum e Michael Besman.

Ficha técnica

Estreia no Brasil: 27 de fevereiro

Gênero: Ação, Thriller

Diretor: Hans Petter Moland

Roteiro: Tony Gayton

Elenco: Liam Neeson, Ron Perlman, Yolanda Ross

“Último Alvo” é mais do que um thriller de ação. É uma história sobre escolhas, perdas e a difícil busca por perdão em meio ao caos. Uma jornada intensa e repleta de camadas emocionais.

A coprodução Brasil-Colômbia Alma do Deserto promete emocionar e desafiar o público com uma história de resistência e identidade, marcada pela luta de uma mulher trans que busca o reconhecimento de sua identidade em um contexto de exclusão e violência. Vencedor do Queer Lion no 81º Festival de Veneza, o filme será lançado no Brasil no dia 30 de janeiro, com distribuição pela Retrato Filmes.

Dirigido por Mónica Taboada-Tapia, o longa tem sido aclamado internacionalmente, sendo reconhecido com prêmios como o Prêmio Especial do Júri na Competição de Documentários no 45º Festival de Havana e o Prêmio Arrecife, dado ao melhor filme com temática queer. Alma do Deserto destaca-se não apenas pela sua narrativa envolvente, mas também pela profundidade cultural e social que traz ao abordar questões de gênero, etnia e identidade.

A História de Georgina Epiayú: Resiliência e Coragem

O filme acompanha Georgina, uma mulher trans da etnia Wayúu, que luta para ter sua identidade oficialmente reconhecida. Após perder seus documentos em um incêndio criminoso, provocado por vizinhos intolerantes, Georgina se vê diante de um obstáculo que ameaça sua autonomia e direitos civis. Em uma jornada que mistura dor e esperança, ela parte para recuperar seus documentos e conquistar o direito de exercer sua cidadania, incluindo o direito ao voto nas eleições colombianas.

A diretora Mónica Taboada-Tapia compartilha que Alma do Deserto tem como força motriz a história real de Georgina Epiayú, que, ao lado de sua comunidade, enfrenta desafios diários não só pela sua identidade de gênero, mas também pela exclusão imposta pela sociedade. Segundo Taboada-Tapia, a vida de Georgina foi a semente de uma jornada cinematográfica de oito anos, que não só expõe questões do universo LGBTQIA+, mas também dá voz a uma parte da comunidade Wayúu que permanece ignorada em sua própria terra.

O Reconhecimento Internacional

A recepção crítica tem sido unânime em sua admiração pela produção. A International Cinephile Society descreveu o filme como “um dos mais marcantes sobre a identidade queer dos últimos anos”, enquanto a Global Queer Cinema destacou-o como “um retrato excepcional e comovente sobre identidade, desafio e alegria”. Essas palavras confirmam a importância do filme, que não apenas toca em temas universais, mas também serve como um elo de conexão entre diferentes culturas e realidades.

Detalhes da Produção

Com uma duração de 87 minutos, Alma do Deserto é uma obra cinematográfica que vai além do entretenimento, levando o espectador a refletir sobre as condições de vida das minorias, especialmente das pessoas trans e indígenas. A fotografia, assinada por Tininska Simpson e Rafael David González Granados, e a montagem de Will Domingos, garantem uma estética visual que acompanha o ritmo dramático da narrativa, mergulhando o público no contexto árido e, ao mesmo tempo, vibrante do deserto colombiano.

A estreia de Alma do Deserto nos cinemas brasileiros é aguardada com grande expectativa, oferecendo uma obra rica e relevante para os tempos atuais, marcada pela busca de identidade e a luta por direitos.

Alma do Deserto

Ano: 2024

Duração: 87 minutos

Gênero: Ficção

Direção: Mónica Taboada-Tapia

Roteiro: Mónica Taboada-Tapia

Elenco: Georgina Epiayú

Produtora: Estúdio Giz, Guerrero Films

Distribuição: Retrato Filmes