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Japão: Última parada: Kyoto

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Última parada da viagem pelo Japão,chegamos finalmente em Kyoto. Numa quinta feira à tarde, estávamos no trem bala, passando por Osaka, e descendo na antiga capital do império japonês.


A cidade é belíssima, sendo um lugar que o antigo e o novo se encontram. Desde o primeiro pé na rua, vemos mulheres andando em trajes modernos, como também utilizando quimonos na rua. Aqui temos a rua das gueixas, o parque e cidade cenográfica da Toei, a matriz e sede da Nintendo, e uma enorme quantidade de templos que tornam Kyoto, a cidade mais interessante de todas. Para fãs de anime e mangá, tem o museu do mangá, como também é a cidade do deus do mangá, Osama Tezuka. A cidade respira Tezuka, tanto que uma das estações de trem por lá, o trem toca o tema de Astroboy, como aviso que fechará a porta do trem.

Sendo a última cidade da rota criada pelo Renato, Kyoto é uma cidade cara, tão cara, que podemos pensar que é mais cara que a própria Tóquio. Foi um desafio achar um hotel na cidade, sendo que acabamos optando por um que reproduzisse um ambiente antigo e tradicional japonês. Rimos muito, quando vimos o quarto, sendo um cenário tipicamente para filmes de horror nipônico como O Chamado (Ringu).


Essa é apenas uma amostra do que vem ai ao visitar Kyoto e esperem uma série de posts sobre a cidade, falando um pouco desse cidade que é uma obrigação conhecer. Até a próxima!

Japão: Um jantar especial em Hiroshima e Perdendo o passaporte

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O Jantar


Encontramos uma amiga do Renato que fez intercâmbio na Usp, aprendendo português no Brasil. Infelizmente não posso falar o nome dela, porque dias depois desse jantar, ela mandou uma mensagem ao Renato comentando que ela estava sendo seguida por um Stalker, assim não postasse foto dela, como não escrevesse o nome dela no meu blog.

Engraçado que os japoneses marcam um compromisso e chegam antes do horário. Quando você chega em ponto, na realidade você já esta atrasado e foi bem isso que aconteceu, quando chegamos em ponto na estação principal, na frente de uma fonte que ela estava.

Prestem atenção que tem um restaurante com o nome “Bom Dia” na foto das promoções dos restaurantes.

Fomos num bar perto dali, e foi engraçado, porque conversamos, rimos, e fizemos coisas de brasileiros, sendo que isso chamava atenção no local. Pedimos muitos pratos que nem sabia o que era, mas ia que ia. Tudo bem que no final, a conta deu perto de uns 8 mil ienes, sendo 2.350 ienes pra cada um. (uma facada)

Foi uma noite muito legal, que gostaria de repetir quando voltar ao Japão.
Detalhe importante que saindo do bar, eu e o Renato fomos para um konbini comprar lanche da madrugada. Eu comprei um onigiri gigante junto de uma fanta melon, já que o bar tem porções pequenas que mesmo sendo caras, não alimenta ninguém.

Perdendo o passaporte

Essa história é bem embaraçosa pra contar, mas me falaram que era fundamental comentar ela aqui no J-Wave, então ela vai se tornar parte oficial da viagem ao Japão.

Primeiro, voltaremos no tempo, no dia que eu vim de Nagasaki para Hiroshima, pois bem, chegando ao hotel de Hiroshima, a funcionária pediu o passaporte de ambos, diferente de Nagasaki. Quando abri a mala, só achei meu passaporte com visto americano, o meu com visto japonês havia sumido. Eu ficou branco, roxo e outras cores possíveis, sempre com o Renato tentando me acalmar, que deveríamos continuar a viagem.

Saímos pra jantar, e eu estava com cara de choro, e o Renato falando pra eu esquecer isso. Só que eu só pensava numa coisa “Como eu provo que sou eu?”. Os policiais sempre pedem pra ver o passaporte de estrangeiros no Japão, se eu fosse parado, estava perdido.

Fomos num posto policial, e o Renato me ajudou a explicar sobre a perda do passaporte a três policiais ali presentes. Todos tiraram uma da minha cara, primeiro pq meu nome tem 3 sobrenomes e segundo porque eu moro em São Paulo, cidade do time de mesmo nome. Alias, eles e o Renato só conversavam de futebol e eu lá nervoso escrevendo meu nome no documento comprovando a perda do passaporte. Fomos embora apenas com um número no bolso, e fiquei preocupado.

Naquela noite, fomos jantar quase meia noite, lembro que comi udon com kare, e na hora meu telefone tocou, era meus pais no Brasil. Ironicamente, eles estavam almoçando no restaurante Viena em São Paulo e queriam saber como estava a viagem no Japão. Eu fui com a cara e a coragem e contei a besteira que fiz e só ouvi do outro lado, minha mãe falando “ele está arrasado” pro meu pai. Expliquei pro meu pai o procedimento que havia feito e falei pra ficar relaxado (coisa que eu não estava). Meu pai disse que todos meus documentos iam ser escaniados e enviados por e-mail naquele dia ainda pro meu e-mail.

Voltando pro Toyoko Inn, a recepcionista deve ter visto minha cara de choro e veio toda preocupada. O Renato explicou pra ela, e ela ficou com pena de mim, desejando sorte pra que eu achasse.

Fomos pros computadores de uso aos hospedes do hotel e comecei a ligar pra embaixada brasileira em Tóquio, consulado em Nagoya e o consulado do Japão no Brasil. Bom, os dois primeiros caíram na secretária eletrônica, mesmo alegando que eram pra ser usado em casos extremos. No caso do consulado do Japão no Brasil, uma mulher me atendeu meio equivocada, até com certo desdém, chegando questionar se eu não tava fazendo nada errado no Japão, como trabalho e por isso “perdi” o passaporte. Foi uma conversa de uns 15 minutos, onde ela foi falar com o cônsul, sendo que no fim, eles não podiam me ajudar, apenas se um parente no Brasil emitisse o passaporte e passasse por eles, pra me mandar no Japão. Ela também explicou que nesses casos posso ter uma carta especial emitida pelo governo japonês que seria usada como passaporte pra eu voltar pro Brasil.

No dia seguinte, fomos à estação central de Hiroshima, explicar a perda de passaporte e foi impressionante, como as funcionárias da JR nos trataram bem. Ligaram pra Nagasaki, pra Beppu, inclusive pra Onsen que fomos em Beppu, tudo em busca do meu passaporte. Elas passaram um número da embaixada brasileira, conversei com uma moça que disse que não poderia me ajudar, apenas indo pro consulado. Agradecemos a gentileza das funcionárias do JR que pararam tudo que estavam fazendo pra olhar em paginas amarelas e telefones na internet, pra nos ajudar.

Depois disso, fomos aos achados e perdidos de Hiroshima, em busca do passaporte. Naquela hora, tinha um garoto colegial explicando que tinha perdido a carteira e a mesma estava lá. Expliquei e 2 senhores, pararam tudo que estavam fazendo pra nos ajudar.

Muitos falaram que era melhor cancelar o passaporte e pedir outro no consulado brasileiro, porém estava com medo que não desse tempo e teria que mudar meu vôo para conseguir obter.

Decidimos ir à delegacia central de Hiroshima, por sugestão do senhor dos Achados e Perdidos. Assim andamos por Hiroshima, e chegamos a pedir ajuda pra uma senhora num Konbini que deixou o lugar vazio pra nos indicar aonde era.

Estou explicando tudo isso, para entender como é a generosidade japonesa, e que os japoneses nessa hora se provaram ser mais solícitos do que os brasileiros. Todos eles sem exceção falavam que os japoneses não fariam mal com meu passaporte e caso fosse encontrado, a polícia encaminharia pra mim. Por lado, sentia me mal incomodar eles, e ter perdido passaporte, mas na verdade eu também fiquei feliz ao ver que o povo que eu mais admiro no mundo, estavam fazendo tudo que era possível pra me ajudar.

Chegando à delegacia central, o cenário parecia Police Story do Jackie Chan, sendo antigo, mas ao mesmo tempo organizado. Renato me ajudou, a traduzir pra japonês, meu depoimento de perda de passaporte e retirei o boletim de ocorrência do meu passaporte, como também passamos dados para nos encontrarem.

Fomos numa loja de departamento aonde compramos uma pasta pra não acontecer nada com o boletim de ocorrência, já que este seria usado para emitir um passaporte ou o visto especial pra perda de passaporte.

Acabamos perdendo o trem bala pra ir a Osaka, assim dormimos mais uma noite em Toyoko Inn. No dia seguinte, já na estação central, rumo a Osaka, o celular do Renato toca, falando que acharam meu passaporte no Coin Locker em Beppu. Pegamos dois trens direto pra lá e pegamos o passaporte. Almoçamos e voltamos pro trem bala rumo a Osaka/Kyoto.

Foi inacreditável, mas eu achei meu passaporte, graças a ajuda do Renato e do pessoal da JR, como também da policia japonesa. Agradeço profundamente e sei que isso nunca aconteceria no Brasil, por sermos muito diferentes.

Lembro do rosto do policial em Beppu ao entregar o passaporte, até meio animado, parece que foi uma história e tanto para eles.

Assim acabou o problema que durou três dias, e continuamos nossa viagem rumo a Kyoto.

Infelizmente por causa do passaporte, tivemos que riscar da nossa rota, a cidade de Osaka, vendo apenas do terminal a própria.

Essa história é algo embaraçoso, mas que ao mesmo tempo, mostrou pra mim e para o Renato, como é a generosidade japonesa. Infelizmente, algo que mesmo existindo no Brasil, depende muito do caráter da pessoa.

Japão: Museu e Memorial da Paz de Hiroshima

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Chegando a Hiroshima, nos hospedamos no Toyoko Inn próximo a estação principal da cidade. No dia seguinte, deixamos as malas no Coin locker da estação e pegamos um Higaren Streetcar para o Memorial da Paz de Hiroshima.


Era um dia ensolarado, e Hiroshima por estar mais próximo de Tokyo, já tinha condições climáticas bem diferentes das de Beppu e Nagasaki.

Descendo no Memorial da Paz de Hiroshima, vimos diversos monumentos construídos em memória da bomba atômica. Um dos que me chamou mais atenção foi construído para garota Sadako Sasaki que lutou contra a doença causada pela bomba, fazendo mil tsurus (origami) para que realizasse o seu pedido.


A Cúpula de Genbaku, ou propriamente o Memorial da Paz de Hiroshima é algo que impressiona. Sempre visto em livros, a sensação de ver ao vivo é como assistir a história sendo escrita na sua frente. Este é o único imóvel de pé próximo ao hipocentro, e foi deixado exatamente como ficou depois da bomba. Vale mencionar uma pequena curiosidade, que talvez vá estragar quem deseja ir lá um dia. A Cúpula é sustentada por varias vigas de metal dentro da estrutura original, sendo visíveis mesmo do lado externo do muro que separa o lugar da praça, assim sendo a explicação lógica para o lugar nunca ter desabado depois de tantos anos.

Saindo da Cúpula, fomos pra praça, aonde encontramos duas universitárias que tentaram conversar em inglês comigo e o Renato. Elas queriam que preenchêssemos um questionário em inglês, sobre o que achamos da cidade e o que nós estrangeiros, temos interesse ao visitar a cidade. Elas foram muito simpáticas e queriam fazer uma saudação em português, porém não imaginavam que eu e o Renato sabíamos conversar em japonês, e ficaram surpresas quando explicamos em japonês o que elas queriam falar em português. Rimos, posamos em algumas fotos, e foi uma recepção bem calorosa da cidade para a gente.


De lá, fomos para o Museu do Memorial da Paz de Hiroshima. O museu fica em dois prédios construídos interligados por uma ponte que reproduz a cidade exatamente como ela ficou após a bomba ter atingido a cidade.


Na entrada do museu, temos a opção de alugar um portátil com fones de ouvido com suporte a diversos idiomas, inclusive o Português do Brasil. É uma grande honra, ver que o museu oferece não só suporte com fones de ouvido, como todos os computadores por todo museu também oferecem suporte ao nosso idioma. Assim,visitar o museu de Hiroshima é ainda mais emocionante.


Diferente do museu de Nagasaki, aqui é permitido tirar fotos do interior do museu. Eles não só querem que sintam o que aconteceu com a cidade, como também devemos levar essa mensagem para outras pessoas. E é justamente isso que eu, como muitos, fazem ao visitar o museu.


O museu segue uma estrutura mais tradicional, tendo enormes murais com fotos da devastação da cidade, além de pessoas doentes pela bomba. Conhecemos a história de diversas pessoas que morreram nesse dia fatídico.


Somos apresentados a duas maquetes da cidade, uma antes de ser atingida pela bomba e outra logo depois de ter sido atingida. Surpreende o poder de destruição ao analisar e comparar as duas maquetes.



O que impressiona foi um triciclo enferrujado e sua história. A história de um garoto morto pela bomba, o triciclo era a única paixão do garoto, e está foi enterrada no jardim da casa da família, a fim de ser a ultima lembrança viva dele. Uns bons anos depois, o brinquedo foi desenterrado, e doado ao museu, sendo uma história que deveria ser passada pra outras pessoas, de amor de um pai por seu filho e como ele tentou superar a dor, tentando o esquecer ao enterrar aquele brinquedo em sua casa.


Acreditem, muitas histórias tristes são contadas aqui. Algumas chegam arrepiar, como pais que guardavam cabelo de seus filhos, encontrados em cadáveres, ou pior, os fios de cabelo caiam de filhos atingidos pela bomba. Estes tinham efeitos colaterais, como manchas, e perda de cabelo, morrendo de forma inesperada e gradativa.


Uma dessas histórias é a da garota de mil tsurus, a Sadako Sasaki que inspira pessoas até hoje, a ter pedidos impossíveis. Recentemente, uma novela japonesa fez uma referência de grande importância nessa história. O filipino Bito, interpretado por Matsumoto Jun, na produção Smile, estava preso após assassinar um antigo amigo que voltou para atazanar sua vida. Nos capítulos finais, o personagem é condenado a morte, e a série pula 6 anos, onde Bito aceita sua morte, e ao mesmo tempo faz mil tsurus para mandar para sua amada. Sorte do destino ou não, no milésimo tsuru, Bito às vésperas do corredor da morte é salvo, com novas provas e um novo julgamento mais justo. Hoje, o mundo inteiro manda tsurus pra Hiroshima, em homenagem a Sadako, mas também, para conseguir a realização de pedidos impossíveis.


A Estátua das Crianças da Bomba Atômica não foi só uma homenagem a Sadako, mas todas as crianças que morreram por causa daquele crime. Quando Sadako faleceu, ela ainda não tinha concluído os mil tsurus, mas seus amigos decidiram lutar com ela e terminaram os mil tsurus para seu enterro. Além disso, todos eles se juntaram e pediram ajuda de outras escolas da região, para juntar dinheiro e construírem esse monumento. O resultado é a Estátua das Crianças da Bomba Atômica, sendo um monumento lindíssimo, aonde são deixados tsurus do mundo inteiro. Conhecemos a história de Sadako não só no museu, mas no próprio monumento construído perto do Hipocentro, sendo uma lição de moral e um exemplo a ser seguido.


Voltando ao museu, a ponte entre os dois prédios, nos surpreende, com um cenário de caos e diversos bonecos deformados, como se estivessem pegando fogo, simbolizando as pessoas daquele dia. Reconhecemos pedaços da cidade, reproduzidas no museu em chamas, dando certa agonia passar por ali.


Uma das coisas que mais impressiona é uma parede com cartas importantes protestando o uso da bomba atômica. Para se ter uma noção, tem uma carta do Albert Einstein protestando o uso da bomba, mesmo que ele tenha sido um dos criadores indiretamente com o projeto Manhattan.

Somos apresentados a bomba Little Boy, lançada em Hiroshima. Lembrando que a bomba lançada em Nagasaki se chama Fat Man. Nessa época, na segunda guerra mundial, Kyoto chegou a ser considerada uma das cidades alvos das bombas desenvolvidas pelos americanos. Para se ter uma idéia, o plano era 4 cidades, sendo 8 cidades sondadas pra ser alvo delas. Tóquio era uma das cidades que inicialmente seria bombardeada com a bomba atômica, porém no fim restaram apenas Kyoto, Hiroshima e Nagasaki.

Devemos agradecer que Kyoto não foi atingido pela bomba, já que seria um dano irreversível para a história do Japão. Antiga capital do império, Kyoto tem mais de 3 mil anos pra contar, com seus templos e arquitetura.

No fim, temos acesso a itens utilizados na época, como dinheiro, garrafas, bentos entre outros itens pessoais. Temos acesso uma série de mini documentários legendados em inglês sobre os efeitos da bomba.

Na saída, tem algumas lojinhas para comprar itens que nos lembre da cidade.
De lá, voltamos para o parque memorial da paz, aonde fomos à Chama da Paz, que ficara acessa até o dia que não existir mais bombas atômicas no planeta.
Também próximo do museu, encontramos o Sino da Paz, aonde é comemorando todos os anos, pelo prefeito da cidade, a homenagem há esse dia fatídico.

Ali também tem as Portas da Paz, que são cinco portas escritas a palavra paz em diversos idiomas.

É um passeio obrigatório para quem visita o Japão pela primeira vez, sendo belíssimo e esclarecedor, sobre fatos de uma guerra que não é lá bem aprofundada pelos livros de história.

Próximo post é sobre perder o passaporte no Japão e também indo sair pra jantar com uma jovem japonesa que aprendeu português e já fez intercâmbio no Brasil. Até lá.

Japão: Chegando em Hiroshima

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Depois de Nagasaki, fomos para Hiroshima pegando o trem Sonic, seguido de um trem bala para Hiroshima. Vale mencionar aqui, que é impressionante como no Japão as pessoas se encontram, e tanto em Nagano, como Hiroshima, encontramos alguns americanos e franceses que já tínhamos nos esbarrado em Tokyo. Provavelmente, eles estavam fazendo a mesma coisa que a gente, que era viajar pelo Japão todo, com Japan Rail Pass. Portanto, essa questão de viajar pelo Japão de trem bala é uma coisa normal e natural pra qualquer turista que esteja indo conhecer o país.


Para o Renato, Hiroshima é uma cidade que parece São Paulo, sinceramente existem alguns lugares que parecem, mas discordo um pouco dele. A cidade lembra São Paulo principalmente pela questão do clima meio chuvoso, mas em compensação tem uma arquitetura belíssima e um dos grandes destaques é o transporte público que é um trem batizado por a gente de “bondinho”.

Diferente da cidade de Nagasaki, Hiroshima não tem vestígios da bomba atômica. Com a exceção da Cúpula da Bomba Atômica, que se tornou o símbolo da cidade. Alguns dizem que Hiroshima acaba se tornando uma cidade com uma atmosfera menos densa, por causa disso, mas Nagasaki já não era assim. Verdade seja dita, o museu de Hiroshima, mesmo sendo impressionante, ele não impressiona tanto como o de Nagasaki.

Hiroshima


Fundada em 1589, no mar interino de Seno por Mori Terumoto, que a transformou em capital, após este ter saído do castelo de Koriyama, da província de Aki. O castelo de Hiroshima foi construído rapidamente e Terumoto mudou-se para lá em 1593.

Na batalha de Sekigahara foi uma guerra com uma renovação de poder político, após diversas manifestações e invasões como a da Coréia no Japão. Essa guerra têm diversas figuras, conhecidas, como Miyamoto Musashi que estava entre as fileiras do exercito Ukita Hideie. Nessa época, o samurai que ficaria para os livros de história tinha apenas 17 anos, e escapou ileso da forças inimigas que derrotaram o exercito de Hideie.

O vencedor dessa guerra foi o Ieyasu Tokogawa que tirou a província de Aki das mãos de Terumoto Mori, passando para o daimyo Masanori Fukushima, que havia apoiado Tokugawa no conflito.

Em 1619, Asano Nagaakira passou a ser dono do castelo, como também a ser chamado de damyo Asano, sendo com ele e seus descendentes que a cidade finalmente entrou num período de paz e prosperidade, crescendo e desenvolvendo economicamente.
Essa forma de governo só se alterou com a Era Meiji, no século XIX.

Era moderna

Hiroshima foi capital do domínio de Hiroshima no período Edo, tendo fim em 1871. Os domínios feudais administrados por daimyo eram assim chamados de Han e foram abolidos com a Restauração da Era Meiji. Tendo o fim dessa divisão administrativa, a cidade de Hiroshima se tornou a capital da província de Hiroshima.

A cidade transformou num importante centro urbano, com a transição da economia japonesa, que migrava das zonas rurais para urbanos industriais.

Em 1880, foi construído o porto Ujina, transformando Hiroshima, numa importante cidade portuária.

Outro grande desenvolvimento que veio para cidade foi com a extensão da linha Sanyo Ferroviária. Surgiu em 1888, em Kobe, sendo em 1894, construída a extensão sobre o mar interino de Seto, entre Kobe e Hiroshima. Essa foi a primeira linha ferroviária no Japão, funcionando a vapor.

Esse desenvolvimento custou caro, já que transporte foi usado para transportar militares, para guerra Sino-Japonesa entre 1894 a 1895. Conflito entre o império Qing na China e o império Meiji no Japão, sobre o domínio da Coréia, que ainda teve suas conseqüências na sociedade desses três países. Sendo que sua conclusão foi à independência da Coréia, a China saiu derrotada, assinando um tratado que abriu as relações comerciais entre o Japão e a China.

2º Guerra Mundial

A cidade foi utilizada como centro-chave da navegação, como também foi utilizada como depósito militar. Hiroshima não sofreu ataques aéreos, como Tokyo e outras cidades japonesas, que passaram de 200 mil mortes.

Para se ter uma idéia desses ataques, a cidade de Toyama foi completamente destruída, tendo a morte de 128 mil pessoas, em sua maioria de civis. A cidade de Tokyo com esses ataques teve 90 mil mortes.

A estratégia militar utilizada em Hiroshima, era demolir as casas e criar barreiras. As pessoas que demoliam as casas eram pessoas comuns, como estudantes, donas de casa, enquanto a guerra acontecia em outras regiões no Japão.

Em 6 de agosto de 1945, às 08:05 da manhã, a cidade ataque por parte dos americanos, com uma bomba atômica. Chamada de “Litle Boy”, a bomba matou imediatamente 80 mil pessoas, tornando famosa por essa tragédia. Os efeitos da radiação acabaram totalizando 140 mil mortes, através dos anos.

Hiroshima teve 69% das estruturas da cidade completamente destruídas, sendo 6,6% das demais em péssima situação. Pessoas se desintegraram, sobrando apenas marcas no chão das pessoas ali presentes.

Em 17 de setembro, a cidade foi atingida pelo tufão Makurazaki, que acabou matando 3 mil pessoas, devastando ainda mais a cidade. Destruindo pontes, estradas e ferrovias.

A cidade foi reconstruída com ajuda do governo nacional, com a lei do Memorial da paz de Hiroshima – Cidade da Reconstrução, aprovada em 1949. O governo doou terras que foram usadas no passado para fins militares, como também financeiramente para a reconstrução da cidade que não esqueceria danos causados pela guerra.

Hiroshima Atual


Um dos símbolos da culinária de Hiroshima é okonomiyaki, que alguns chamam de pizza japonesa, feita na chapa. Prato que pode ser encontrado no Brasil, além de estar presente em diversas produções nipônicas.

Outro grande destaque da cidade é Hidaren Streetcar, que pode ser chamado de bondinho. Implantados na cidade em 1910, os Hidaren Streetcar existiam em diversas cidades japonesas, sendo nos anos 80 que eles foram aposentados, sendo substituídos por trens e metros. Porém, os gastos em Hiroshima, para construção de trem e metro eram muito caros, assim optaram manter os bondinhos. Resultado, hoje é um dos charmes da cidade, andar num Hidaren Streetcar, sendo que alguns imitam os modelos da época, e outros seguem o modelo mais recente. São rápidos e eficazes, sendo uma solução interessante e barata para as grandes cidades.

Japão: Próxima parada, Hiroshima!

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Brincando de próximo capítulo, essa postagem vai mostrar algumas coisas que estão por vir na próxima parada.

Eu sei que Nagasaki ficou longo demais, mas foi um mal necessário, já que tudo que fomos, tem uma certa história, por isso, espero que gostem da próxima parada.

Acabamos ficando 2 dias em Hiroshima por causa que perdi o passaporte, e tivemos que fazer bolhetim de ocorrência, como também ligar pra todos os lugares que nós estivemos. Por fim, a polícia ligou no celular do Renato, avisando que o passaporte estava em Beppu e aí tudo resolvido. Eu devo retomar a história do passaporte mais pra frente, com mais detalhes de como foi isso e principalmente explicar pra polícia isso.

Nas fotos, estou tomando o suco COO, que você imagina como se fala. Escrito em hiragana くo suco gera a famosa piada: “Se você vai tomar COO?”. A bebida é produzida pela Coca Cola, sendo vendida em tudo que é lugar. A primeira vez que ouvi isso foi no Mc Donalds de Hekinan quando eu e o Minoru fomos e ele fez essa piada comigo.

Encontramos uma amiga do Renato que estudou português no Brasil, saímos pra jantar, sendo uma noite de muita risada.

Também tem as duas universitárias que pararam a gente logo no dia seguinte, quando estamos andando por Hiroshima, nos fazendo uma pesquisa sobre o que achamos da cidade.

Resumindo, Hiroshima é uma cidade interessante, belíssima, cheia de mulheres, e com muita coisa pra contar. Espero que goste das próximas postagens por aqui sobre essa cidade.


Japão: Nagasaki Catedral Urakami

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A história da catedral se mistura com o fim da proibição da religião católica no Japão. Construída em 1895, após 4 séculos de proibição, a história de Urakami começa em 1865 quando o Dom Jean Petit descobriu que todos os aldeões eram cristãos.

Nessa época, o cristianismo era proibido ainda por lá, assim entre 1869 a 1873, 3.600 aldeões foram condenados e banidos da região. Desses 3.600 aldeões, morreram 650 aldeões mártires.

Esses cristãos se denominavam os Kakure Kirishitan que pregavam o cristianismo em segredo. E ai que está à parte interessante do Urakami, já que os Kakure Kirishitan não só manteve vivo a religião, como também as adaptou pra funcionar numa cultura tão diferente como a do Japão

Uma religião católica diferente do resto do mundo.

Chegando junto de povos que utilizavam do porto de Nagasaki, a religião veio e se construiu de forma oral. A bíblia foi passada totalmente de forma oral, como as orações que chegavam ao Japão eram passadas em Espanhol, Português e Latim.

Assim, a religião foi adaptada para padrões orientais, aonde as orações se tornaram mais próximas de orações budistas e os santos também representavam e tinham elementos próximos da religião budista, funcionando no Japão.

Os Kakure Kirishitan acabaram quando a religião foi legalizada pelo governo japonês, sendo que viveram na região das ilhas Ikitsuki, Goto e na prefeitura de Nagasaki.
A construção da Catedral Urakami

Iniciada pelo padre Francine com uma arquitetura românica a catedral só foi concluída em 1914, se tornando a maior igreja da Ásia. A obra foi concluída pelo padre Regali,a catedral foi uma das mais belíssimas obras da cidade.

A segunda guerra

Em 9 de agosto de 1945, Nagasaki mudou para sempre com a bomba nuclear. A catedral estava próxima (500 metros) do Hipocentro e foi totalmente destruída.

O governo de Nagasaki decidiu inicialmente que a igreja destruída, se tornaria um patrimônio histórico, porém os cristãos da cidade se manifestaram contra, pedindo a construção exata de como Urakami era. Assim a obra só foi concluída em 1980, aonde a arquitetura se tornou mais próxima do estilo francês e a catedral Urakami retornou ao que era.

Em volta da catedral, ainda podemos encontrar pedaços da catedral original, numa homenagem a construção original, sendo que também outros fragmentos, como santos, foram levados para o Hipocentro e o Museu da bomba atômica.

Conclusão

A catedral é belíssima e vale a pena a visita, sendo que principalmente que além da religião, estudar como a mesma chegou no Japão. Vale cada minuto, ver aquela construção tão belíssima estar a sua frente.

Logicamente, a catedral é apenas mais um detalhe da história rica de Nagasaki que não acaba aqui. Fico feliz que tenha de alguma forma contado a história da cidade, como também espero que tenha atiçado a curiosidade de quem sempre sentiu vontade de conhecer sobre a própria e o Japão em si. É importante principalmente, aprender e ir além das histórias que aprendemos com a segunda guerra, e mesmo sendo uma cidade lembrada por isso, nem de longe ela é uma cidade depressiva ou coisa semelhante. É com certeza uma cidade bem interessante para se morar.

Assim se encerra as aventuras em Nagasaki e indo para o próximo ponto, Hiroshima, aonde vamos contar alguns lugares que fomos, entre outros detalhes curiosos como a perda de um passaporte.

Japão: Nagasaki Museu da Bomba Atômica

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Sendo certamente um lugar de visita, para turistas a primeira vez em Nagasaki, o Museu da Bomba Atômica responde muitas dúvidas, sobre o resultado de uma guerra que mudou para sempre a história do Japão.

Certamente, não é fácil, visitar um local que reproduz nos mínimos detalhes, as características do dia do ataque. A sensação de incômodo é pertinente e irá apenas se tornar mais aguda, em cada passo para dentro do Museu.

Todos os sentidos serão de alguma forma abalados pelo museu. O primeiro certamente é a audição, quando entrando num ambiente escuro, ouvimos som de aviões da Segunda Guerra combinados com a de um relógio. A peça principal e de entrada ao museu é o relógio deformado pelo calor da bomba. Tudo isso, antes de se entrar num enorme corredor, aonde tem pedaços da cidade que foram reproduzidos exatamente, como ficaram após a bomba. Portanto, vultos de corpos desintegrados, escadas de metal retorcido, fachada da igreja original de Urakami totalmente destruída, entre outras partes da cidade em estado lastimável. Vale lembrar que o som do avião se torna mais forte, enquanto diferente de museus tradicionais, o ambiente é escuro e com cenários que reproduzem o caos.

Próximo passo é conhecer a história das pessoas que morreram naquele dia. Sem demagogia e praticamente enfiando o dedo na ferida, somos apresentados a murais imensos com fotos de deformações, fotos da cidade antes e durante o ataque, como também fotos de feridos e mortos espalhados pela cidade. Nesse ambiente, temos muitas peças como bentos (marmita), capacete, brinquedos, entre outros itens pessoais, de pessoas que não conseguiram sobreviver após esse holocausto. Todos os itens foram doados pelos familiares das vitimas, além de recontar a história de cada pessoa, até a morte.

Quando comentei da sensação de incômodo, ela nem se compara, ao ler a história da maioria das crianças que morreram naquele dia. São histórias do cotidiano, que poderiam ocorrer em qualquer lugar do mundo, mas que foram interrompidas, pela falta de uma sensatez de lideres de governos equivocados sobre o valor de um ser humano. É de quebrar o coração, ler histórias, sobre pais desesperados, atrás de um filho que não existe mais, aonde apenas uma marmita queimada com as iniciais do filho foi encontrada. Às vezes, nem isso, talvez se confortando com um pedaço de cabelo, ou uma sandália, tentando se agarrar na chance deste ter sobrevivido.

O museu aliado todas essas características, nos faz sentir uma grande revolta da decisão infeliz que é a de optar por um ataque de bomba atômica. Ver pessoas deformadas, com diferentes tipos de câncer, ou mesmo desesperadas como a mãe segurando seu bebê morto, fazem de nós seres humanos por demasiadamente frágeis.

É verdade que tragédias acontecem o tempo todo e que a comunicação evoluiu demais nesse segmento. Muitas vezes, assistindo crimes aliados de outras tragédias, de forma ultrajante e ao vivo no mundo inteiro.
Pedir pelo fim da bomba atômica é um sonho que não deve se tornar impossível, porém ainda hoje existem países que ameaçam outros com o artifício da bomba atômica. Estes governantes que ameaçam com esse intuito, certamente não sabem os efeitos dessa arma, e agem de forma covarde.

O museu da bomba atômica de Nagasaki, nos conta diversas histórias, sendo cada item mais chocante que o outro, como o capacete de um soldado, que sobrou apenas pedaços de crânio presos no mesmo.

Outra história chocante foi de uma criança que anotou na parede, o numero de parentes de sua família que morreu. Essa era uma forma precária de enumerar os mortos naquela época, sendo que o próprio morreu logo depois.

Muitas cartas sobre parentes mortos, feitos com material que se tinha acesso, também podem ser vistas no museu.

Lógico que somos apresentados toda a dor, sendo arrebatador e angustiante ficar ali. É uma lição que se deve tirar, sendo recomendável a todos que façam isso. Lá, tinham crianças, adolescentes e adultos, visitando o museu pra aprender a importância desse artifício covarde.
Depois do museu, temos a parte de educação, aonde somos apresentados as substâncias da bomba, quantas bombas existem no mundo, os tratados sobre o fim da guerra nuclear, como cartas de proibição do governo americano sobre as bombas (coisa que não foi acatada), entre outras coisas. Diversas salas com documentários sobre o ataque de Hiroshima e Nagasaki, também estão espalhadas perto do fim do museu, sendo uma aula sobre esse dia.

Espero que esse depoimento sobre a visita ao museu, tenha passado qualquer sentimento que o mesmo desperta nas pessoas. Sendo primordial pra qualquer um que visite o Japão pela primeira vez, ter a chance de aprender mais sobre os erros dos seres humanos.

Observação: Essas fotos foram usadas ao pesquisar na internet, na ocasião não tirei fotos dentro do museu.

Próxima história será a última da cidade de Nagasaki, a da igreja Urakami.

Japão: Nagasaki Parque da Paz

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Esse belíssimo parque foi construído em 1955, no local do hipocentro da bomba atômica. Numa época que o Japão se reconstruía, depois de perder a 2º guerra mundial, esse parque foi construído pra todos lembrarem das decisões errôneas criadas pela sociedade em épocas de guerra, e que o preço de bombas nucleares é muito alto.

Construído próximo aos destroços da prisão de Nagasaki, o Parque da Paz é representada por uma enorme estátua de 10 metros de altura. Sendo a estátua da paz, foi esculpida por Seibou Kitamura para a Prefeitura de Nagasaki.

A estátua tem toda uma simbologia e faz alusão ao holocausto e o pedido de paz da cidade e seus governantes ao mundo inteiro. Sua mão direita esta apontada mostrando a ameaça das bombas nucleares, enquanto sua mão esquerda está estendida simbolizando a paz eterna. Seus olhos ligeiramente fechados significa uma oração em repouso as vitimas, e suas pernas indicam uma meditação e uma iniciativa de erguer e resgatar as pessoas do mundo inteiro. A estatua foi construída de frente a um cofre, aonde está o nome de todas as vitimas da bomba atômica.



“Em 11h09min da manhã, do dia 9 de agosto de 1945 explodiu uma bomba atômica a 500 metros do chão. Esta pedra preta monólito simboliza o hipocentro.”



No dia 9 de agosto de 1945, Nagasaki sofreu um ataque covarde por parte dos americanos, na segunda guerra mundial. Vamos relembrar alguns dados dessa destruição.



Área atingida: 6,7 milhões de metros quadrados

Casas queimadas: 11.574

Casas completamente destruídas: 1.326

Danificadas: 5.509

Total de estruturas danificadas: 18.409

Mortes: 73.884 pessoas

Feridos: 74.909

Total de pessoas atingidas pela bomba: 148.793

A Cerimônia de Memorial da Paz

Todos os anos, no dia 9 de agosto, se realiza uma cerimônia no Parque da Paz, aonde o prefeito da cidade de Nagasaki realiza a leitura de um acordo da Paz mundial, na frente da Estátua da Paz.

Fonte da Paz

Em agosto de 1969, foi construída no parque, uma fonte em homenagem as vitimas que sentiam sede, logo após o bombardeio. Muitas delas morreram tentando encontrar água, após a bomba.

Foi construída uma estatua da garota Sachiko Yamaguchi, que tinha 9 anos na época. A estátua vem com uma declaração emocionante que Sachiko fez na época do bombardeio: “Eu estava com muita sede. Havia óleo na superfície da água, mas eu queria água mesmo que fosse tão ruim, por isso eu a bebi assim mesmo”.

Outra imagem forte do parque é a estatua em homenagem a famosa foto no qual a mãe segura seu bêbe morto, logo depois do bombardeio. Não acreditando no que aconteceu ao seu redor, ela carrega no colo, um bêbe que nao resistiu ao contato das substancias depositadas na cidade, depois que a bomba estourou.

Símbolos da Zona de Paz



Em 1978, foi construído a Zona de Paz, aonde Nagasaki desenvolveu um espaço chamado “Símbolos da Zona de Paz”. Nele, países do mundo inteiro doaram monumentos que também refletem o pensamento de paz mundial.



Os monumentos presentes no Simbolos da Zona de Paz:

# “Alívio da Amizade” do Porto, Portugal (Nagasaki irmã da cidade), 1978

# “Alegria da Vida” da Checoslováquia, (doados para Nagasaki em 1980).

# “Uma Chamada” da Bulgária, 1980

# “Monumento da Amizade do Povo” da antiga República Democrática Alemã, 1981

# “Protecção do nosso futuro” da cidade de Middelburg, Países Baixos (Nagasaki irmã da cidade), 1983

# “Estátua da Paz” a partir da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, 1985

# “Dama da Paz” a partir da Republica da China, 1985

# “Flor de Amor e Paz” da Polônia, 1986

# “Hino à Vida” da cidade de Pistoia, Itália, 1987

# “Sol da hesitação da Paz” a partir da República de Cuba, 1988

# “Monumento da Paz” de Santos, Brasil (Nagasaki irmã da cidade), 1988

# “Infinito de Ancara”, da República da Turquia, 1991

# “Constelação da Terra” de St. Paul , Minnesota , EUA (Nagasaki irmã da cidade), 1992

# “O triunfo da paz sobre a guerra” da cidade de San Isidro, na Argentina, 1996

# “Te Korowai Rangimarie – Capa da Paz” da Nova Zelândia, 2006.



Japão: Nagasaki Nacional Memorial da Paz a vitimas de bomba atômica

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Na manhã seguinte, tomamos café da manhã no hotel e decidimos andar pela cidade. Como havia comentado no tópico de chegada a Nagasaki, no café da manhã, mais uma vez geramos estranhamento para o pessoal do Hotel, por sermos estrangeiros. Comemos diversas coisas da culinária japonesa que sinceramente não saberia detalhar o que comemos. Lembro da cozinheira avisar sobre o suco de laranja, que havia acabado, e tentar explicar algumas comidas ali, mas confesso que repassar isso pra vocês é meio em vão (por não saber detalhar).


Saindo do hotel, fomos pro terminal de Nagasaki e colocamos nossas malas no Coin Locker. Informamos-nos como pegar o ônibus e fomos rumo a Memorial da Paz. Vale uma nota que andando pela cidade de dia, Nagasaki é uma cidade praiana belíssima, que transmite uma tranqüilidade absurda.

Memorial da paz

Construído entre novembro de 2000 a dezembro de 2002, pelo arquiteto Akira Kuryu, que já havia participado em diversas construções de museus no Japão. O memorial da paz tem uma fonte na entrada, aonde existem 70.000 fibras óptica de luzes, que acendem diversos pontos que podem ser vistos na água.

Dentro, existem 12 torres de luz, onde ficam arquivados todas as vitimas da bomba atômica de 1945. No primeiro andar, temos um pequeno monitor que mostra os números de vítimas sempre atualizados.



Na parte debaixo, existe uma biblioteca, aonde pude assistir alguns documentários em inglês, sobre a bomba atômica. Um enorme acervo de fotos, como também encontrar inclusive dados de vitimas da bomba atômica. Qualquer parente ou amigo pode digitar o nome de qualquer vitima podendo encontrar dados da bomba atômica.

Mensagens de paz


Perto da saída do Memorial, existe uma sala de pedidos de paz, aonde podemos escrever mensagens em qualquer idioma e deixar num tipo de máquina do tempo, podendo ser acessado por fãs.

Eu e o Renato deixamos recados de paz tanto no computador, como no mural aonde podemos deixar recados de paz. Vale lembrar, que lá pode ser encontrado recados não só de pessoas, mas de organizações e até de governos pedindo a paz do mundo. Arrepia e ao mesmo tempo, nos ensina uma lição importante que é a de pedir a paz.

Depois disso, fomos no museu da bomba atômica e ai sim, nós saímos arrasados desse museu, já que é uma série de informações que mostram sem demagogia. O museu mostra uma realidade cruel, sendo um verdadeiro “enfiar o dedo na ferida”, sendo que quem vai, sabe que sairá lá arrasado e depressivo.

Até a próxima!

Dimensão Nerd #39 – Rins eeem Hologramas Influenciáveis no William

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Tiago Andrade e Vinícius Schiavini, com Dico, Giuliano Peccilli, Marco Gomes, Matheus Kajima e Tiago Soares, falam de Beatles, maldições orientais, voadoras no esterno e quem fez o filme do He-Man. Ah, e adivinhem quem vai doar um rim por amor… E que nome é dito SÓ UMA VEZ no programa! Hooray!

Além disso, temos as estreias de cinema[bb] com a Laila.

Período das notícias: de 01 a 05 de junho de 2009.

Tempo de duração: 69 minutos

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Para quem quer ver o site Dimensao Nerd

Topico meio off do J-Wave, sobre a minha participação no podcast Dimensão Nerd, espero que gostem.

Japão: Nagasaki – 3º parte – 26 mártires

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Visitamos esse monumento de madrugada em Nagasaki, sendo que ele foi construído em junho de 1962 em homenagem ao centenário da canonização dos 26 padres executados em 5 de fevereiro de 1597.

Detidos por ordem de Toyotomi Hideyoshi, 26 padres foram detidos em Kyoto e Osaka. Desses 26 padres, 20 eram japoneses, 4 espanhóis, 1 mexicano e 1 indiano, sendo que foram presos e obrigados a marcharam durante o inverno, a Nagasaki.





Lá eles foram condenados e mortos no monte Nishizaka, justamente por propagarem uma religião que estava proibida no Japão. A história acabou corrigindo esses fatos transformando esses 26 padres em mártires, assim a Igreja Católica os canonizou em 1862.



O monumento construído em 1962 tem também um museu que homenageia a religião católica, tendo inclusive muitas cartas originais do jesuíta São Francisco Xavier. Importante ser dito, que a religião católica no Japão se encontrou com outras religiões, sendo muito comum, ver estatuas de santos católicos, cercada de estatuas de outras religiões, formando uma mistura interessante pra turistas que freqüentam a região.



É um lugar que vemos como a história foi feita, aonde diferentes culturas e religiões tiveram choques que se desdobraram em guerras que questionavam a religião nesse passado ainda tão presente.







A visita





Fomos para lá de madrugada, depois de ir ao Coco Walk, sendo um desafio subir até lá. Vale lembrar, que tem um prédio da NHK que serve como referência, para encontrar os 26 mártires. Subimos uma ladeira, que se dá de encontro com a torre da NHK, que é bem próximo do local do monumento em forma de cruz, aonde encontramos os 26 mártires.



Ir de madrugada num lugar desse tipo, realmente foi instigante, como também foi estranho. Não nego aqui, que ir com o Renato pra esse lugar, foi em alguns momentos ameaçador, justamente por causa da cruz deitada onde os 26 padres estão esculpidos.



Vale a visita, mas de preferência, não vá à noite.



Japão: Nagasaki parte 2 – Coco Walk

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Conhecendo Nagasaki, eu e o Renato fizemos check in num hotel, que gerou uma história hilário no episódio anterior e logo optamos por conhecer a cidade. Tendo uma temperatura fria amena, achei estranho andar só de camisa comprida, quando dois dias atrás eu estava no meio da neve em Nagano.


Um dos ícones da cidade é o prédio Coco Walk, que tem uma roda gigante no topo externo do prédio. Tendo cinemas da Toho no térreo, o prédio tinha uma exposição sobre pipas, além de outra mostrando festivais do Japão antigo, repleto de restaurantes típicos num cenário imitando esse Japão antigo.



Achei engraçado uma das lojas se chamar “Mercado”, mas lembrando que esta é uma cidade que foi colonizada português não é impossível achar coisas no nosso idioma.


Destaque para o Sega World no topo do prédio, decidimos ir lá jogar videogame mais uma vez. Quem conhece a história desde o começo sabe que eu joguei fliperama pra caramba no Japão. Pois bem, aqui tiramos muitas fotos da Sega World pra mostrar um pouco como é uma dessas fascinantes lojas de fliperama.

Logicamente para os funcionários da Sega World, tanto eu como Renato devemos ter parecido dois retardados, mas não escondo que foi muito divertido tirar as fotos por lá.


Vocês estão vendo caça niquel da Koda Kumi, maquina pra trocar dinheiro do Sonic, fliperama da Sega do Rambo, muita coisa legal que tem no Japão e que nunca vai chegar no Brasil. Acho que esse post é bem esse intuito, de deixar as pessoas com vontade de jogar fliperama.

Vale um aviso especial, em todos esses lugares sempre tinha um aviso na parede para os alunos não virem de uniforme, porque seriam punidos. Na ocasiao encontramos alguns colegiais jogando lá dentro, parece q a placa é bem estilo brasileiro, porque como tem máquinas de aposta, se os alunos nao tiverem de uniforme não podem ser punidos. Entendeu? Os japoneses são espertos!


Eu não preciso contar aqui, que joguei Taiko no Tatsujin 12, Tekken 6 entre outros jogos de praxe. Infelizmente em Nagasaki não tinha máquinas de Street Fighter IV e não entendi porque, já que os arcades sairam nas lojas em julho de 2008.

Hoje foi mais um retorno, prometo na próxima postagem voltar a contar um pouco dos pontos principais que visitei em Nagasaki na programação normal do J-Wave.



Esse foi um post curto, mas peço desculpa pelo atraso de postar no J-Wave, aconteceram muitas coisas recentemente, que me obrigaram a ficar longe do blog. Até a próxima.