Review | Blame! #1

Chegando em grande estilo, Blame! foi um dos destaques da editora JBC na CCXP 2016. A editora inclusive aproveitou o ensejo e trouxe o autor, Tsutomu Nihei (Sidonia, Abara), que autografou alguns exemplares no evento e participou de um painel sobre sua obra. Claro que a gente não podia ficar de fora e também fomos garantir tanto o autógrafo quanto nosso exemplar de Blame!, confira um pouquinho sobre a obra no JMangá de hoje!

A história

Em um futuro desolador, a humanidade praticamente já não existe. Dizimada por uma doença, os poucos humanos restantes meio que se adaptaram ao novo ambiente, numa verdadeira demonstração de evolução da espécie.

Os sobreviventes vivem em grupos, ocupando construções que parecem cortiços, sem saber muito sobre a existência de semelhantes, seja níveis acima ou abaixo de onde se encontram. Um desses sobreviventes é Killy, um aventureiro que está à procura de humanos com gene intacto, ou seja, que não sofreram a “mutação”, para tentar encontrar uma cura.

Depois de uma missão um tanto quanto mal-sucedida, Killy é informado por um dos membros de seu grupo que existe uma área residencial a pelo menos 3000 níveis acima de onde se encontram e com o sistema ainda vivo, mas sem certeza se está povoada.

Mesmo em dúvida, Killy recebe a missão de ir até lá para investigar e, enquanto se esforça para chegar ao seu destino, depara-se com as Vidas de Silício (criaturas que parecem desprezar os humanos apenas por não compreenderem seu modo de agir) e com construtores, robôs enviados pela Agência Reguladora, que agem sem controle mudando toda a estrutura das construções matando quem estiver no caminho.

Nesse cenário desanimador, Killy irá enfrentar todos esses obstáculos para, quem sabe, encontrar o que procura, ao mesmo tempo em que tenta não morrer.

Outras mídias

Blame! é considerado por muitos a obra máxima de Nihei e ganhou uma série de sete episódios em animações curtas (ONA’s) e um novo longa produzido pela Netflix. Além disso, tem alguns spin-offs, sem previsão de publicação por aqui.

Sobrecapa da edição brasileira.

A edição brasileira

Surpreendendo muita gente, a JBC lançou Blame! em um formato semelhante ao tankohon japonês, com sobrecapa (no estilo de Gunmm) e papel Lux Cream (o mesmo de O Cão que Guarda as Estrelas).

Mesmo com tudo isso, o preço final saiu menor do que muitos esperavam (R$ 23,90) e já está disponível para compra em algumas lojas especializadas.

Adesivo brinde da sessão de autógrafos

Opinião

Acostumada com mangás onde os protagonistas falam até o que ninguém perguntou, tive um pouco de dificuldade para entrar no clima de Blame!. A narrativa praticamente visual é um pouco confusa, sendo necessário um pouco mais de atenção.

O traço único de Nihei é um espetáculo, embora os personagens sejam um pouco parecidos demais (mas até aí, CLAMP e Kurumada-sensei mandam muitos beijos). As criaturas que ele desenha dão uma aflição profunda, fazendo com que desejemos nunca estar na pele de Killy. No geral, a obra prende e te deixa curioso para ver onde vai chegar.

A vinda de Blame! neste formato é uma grande oportunidade para que a JBC avalie se é viável trazer outras obras da mesma forma, independente de já estarem concluídas. De qualquer forma, parabenizo a iniciativa e torço para que dê muitos frutos.

Autografo do autor

Agradecemos à editora JBC que, gentilmente, nos enviou o exemplar para análise.

Texto: Luana Tucci
Edição e Diagramação: Giuliano Peccilli

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Luana Tucci de Lima
Luana Tucci de Lima
Fã incondicional de CLAMP, Nobuhiro Watsuki e Yuu Watase. Adora mangás Yaoi , Turma da Mônica e... mordomos de óculos.

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