Review | Pokémon Scarlet Violet 

A multi-bilionária franquia Pokémon traz mais um último lançamento para 2022. Poucos meses após Pokémon Legends: Arceus, a Nintendo e a Game Freak trazem Pokémon Scarlet/Violet, que pela primeira vez na série apresenta aos jogadores um novo mundo inteiramente aberto para se explorar.

Apesar de Pokémon Legends: Arceus já ter mostrado um ambiente de jogo extremamente amplo, Pokémon Scarlet/Violet dá início a um novo tipo de aventura Pokémon, com um mundo aberto em que você pode tomar o rumo que quiser logo de cara. Ela se passa na nova região de Paldea, que é livremente baseada na península Ibérica, cheia de toques das culturas lá presentes. Se por um lado isso é bastante libertador, traz também perigos. Afinal, você pode acabar dando de cara com adversários muito mais fortes do que o esperado se não tomar cuidado.

Pokémon Scarlet/Violet conta com uma história bem nos moldes da série: você é um garoto ou uma garota que acabam de se mudar, e está matriculado em uma das duas prestigiosas escolas do local – a academia Uva, se estiver jogando Violet, ou a Naranja, no caso de Scarlet – onde vão estudar e é claro, dar início à sua jornada Pokémon.

Mais uma aventura em busca do título de campeão

Fora a já batida maratona de desafios para coletar os emblemas de ginásios que desemboca contigo lutando contra a liga Pokémon e a temida Elite Four, há sequências de missões paralelas a se completar em Pokémon Scarlet/Violet

O substituto da vez para a saudosa Equipe Rocket desta vez é o Team Star, composto por uma molecada que não quer nada além de bagunçar a vida dos alunos de ambas as escolas. Cabe a você, claro, derrotar seus líderes um a um a fim de acabar com as suas atividades, além de descobrir as suas reais motivações. 

Team Star – Sucessores da Equipe Rocket

Essa parte do jogo consiste em um ataque direto às bases do Star, colocando três de seus monstrinhos para lutar diretamente em campo contra os dos adversários, antes de partir para a briga principal contra o chefão do local. Há uma historinha até que bacana por trás de tudo, fazendo valer a pena a porradaria toda. Fora que graças aos seus esforços, novos caminhos acabam sendo abertos no mapa.

De todas as atividades do jogo, a que traz benefícios mais duradouros é a busca das misteriosas ervas místicas com propriedades milagrosas, protegidas pelos poderosos pokémons titãs de Paldea. 

Logo no início de Pokémon Scarlet/Violet, você fica amigo de um enigmático pokémon – Miraidon, da capa de Violet, e Koraidon, o de Scarlet – que acaba servindo de modo de transporte, mas, aos poucos, conforme você obtém novas ervas, libera mais habilidades para ele. E quanto mais você o ajuda a ficar mais forte, opções cada vez mais bacanas de locomoção vão se abrindo, até que, claro, seu amiguinho acaba se juntando ao seu esquadrão pokémon como lutador. Dá até para planar, o que facilita e muito para percorrer o vasto mundo do jogo.

Um passo para frente… dois para trás

Mas nem tudo é uma maravilha em Pokémon Scarlet/Violet. Infelizmente, parece que a Game Freak tentou garfar mais do que conseguiu mastigar desta vez no quesito técnico. Pokémon Legends: Arceus já tinha mostrado sinais da dificuldade da produtora em aproveitar as capacidades do Switch, com baixas taxas de quadros e texturas feias, uma apresentação em geral aquém do esperado. O novo Pokémon é ainda mais limitado do que o anterior lançado no início do ano, apresentando limitações ainda mais evidentes, além dos mais variados bugs que têm deixado fãs pra lá de irritados. 

Durante o meu teste, não cheguei a encontrar nada que estragasse a minha experiência como o que foi reportado, mas ficou impossível não compará-lo com jogos tão grandes quanto que rodam muito melhor e são ainda mais belos, como Xenoblade Chronicles 3, por exemplo, que resenhei há algum tempo para o site. Por outro lado, pude comprovar que Pokémon Scarlet/Violet roda nitidamente melhor se estiver instalado na memória interna ao invés do cartão SD do Switch. 

Mesmo com essas limitações, Pokémon Scarlet/Violet traz novidades legais para a série. A nova pedra Terastal, por exemplo, é uma inclusão que libera uma nova gama de golpes aos pokémons, trazendo ainda mais variedade tática ao já complexo sistema competitivo do jogo. Houve também uma melhoria notável no ir e vir dentro do jogo, com a simplificação do modo com que se cuida da coleção de bichinhos, além da maior facilidade de se deslocar pelo mapa.

Fica a torcida para que futuros lançamentos recebam mais um pouco de carinho por parte da Game Freak para que rodem melhor e sem defeitos desastrosos. Com isso, haverá muito para os pokemaníacos se animarem com essa querida franquia que muito em breve estará fazendo 30 aninhos! 

Pokémon Scarlet Violet 

Desenvolvedor: Game Freak

Estúdio: Nintendo

Plataforma: Nintendo Switch

Gênero: RPG

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