Review: game ‘One Piece Odyssey’ compila 20 anos de mangá em formato dinâmico e emocionante

One Piece Odyssey – Bandai Namco – Divulgação

Quando se fala em jogos de animê e mangá, normalmente se tem um preconceito por serem jogos feitos em curto tempo e inferiores. A Bandai Namco tem investido em mudar esta percepção do público há mais de uma década e temos a série de jogos Naruto: Ultimate Ninja Storm como um ótimo exemplo deste trabalho.

A série One Piece também está bem representada nos jogos e temos quatro títulos da série One Piece: Pirate Warriors que são basicamente porradaria e estratégia de campo de batalha. Chamados pelos fãs pelo nome japonês Musou, este tipo de jogo não traz tanta história, focado apenas na porradaria e faz sucesso em uma série de animês, como Gundam e Hokuto no Ken.

Mas voltando a One Piece, faltava um jogo que traduziria tudo que o universo criado Eiichiro Oda fez nos últimos 25 anos. One Piece Odyssey (disponível para Playstation 4 e 5; XBox Series X e S; e PC via Steam) tem o papel não só de ser um bom jogo, mas representar mais de duas décadas do mangá em um RPG japonês com participações especiais e diálogos que emocionam fãs da série.

A história do jogo

One Piece Odyssey – Bandai Namco – Divulgação

Diferente dos outros jogos da série, One Piece Odyssey não adapta arcos clássicos e nem apresenta uma história original sem conexões com a obra original. Aqui, a história tem supervisão do Eiichiro Oda que também criou os personagens exclusivos para o jogo.

Em One Piece estamos acostumados com Luffy e os demais irem de ilha a ilha atrás do tesouro que da nome a série. No jogo temos uma nova ilha e a tripulação é separada com Luffy perdendo seu chapéu de palha.

Tendo navio destruído, Luffy terá que reencontrar seus parceiros de tripulação e descobrir os mistérios desta ilha. Durante a aventura, eles conhecem o explorador Adio Suerte que explica as regras de Waford e também sobre a estranha garota Lim que tem a habilidade tirar os poderes e memórias de seus oponentes transformando em cubos pelos ilha.

Além disso, reunindo os cubos pela ilha, Lim desperta uma região chamada Memoria, construído a partir de suas memórias. Nesta parte do jogo, One Piece Odyssey mexe com a nostalgia dos fãs ao recriar as ilhas de Arabasta Kingdom, Water 7, Enies Lobby, Marineford e Dressrosa, fazendo com que os personagens reencontrem amigos e familiares que podem não estar mais vivos nos dias atuais.

Um jogo que não é só pra fãs

One Piece Odyssey – Bandai Namco – Divulgação

Por mais que One Piece Odyssey mexe com a nostalgia, o jogo não é propriamente para fãs. Seguindo caminho clássico de um RPG japonês, o jogo traz toda uma mecânica que lembra jogos como Dragon Quest e Pokémon com personagens dando ataques e golpes num menu simples e efetivo. Tendo uma história que exista camadas para agradar fãs, One Piece Odyssey tem uma premissa simples que é fácil de entender mesmo sem conhecer a série. Trazendo um mapa aberto de exploração, o jogo oferece 9 personagens, utilizando pontos fortes para conseguir passar por áreas escondidas e obter itens secretos. Podendo utilizar braços longos do Luffy para chegar em plataformas altas, o estilingue do Usopp para pegar escondidos de difícil acesso e o Chopper para passar por áreas pequenas e estreitas.

Totalmente em português

One Piece Odyssey – Bandai Namco – Divulgação

A Bandai Namco tem investido em traduções para o português de seus jogos e One Piece Odyssey não é diferente. Trazendo um bom trabalho, a série tem legendas em português brasileiro bem inspiradas, durante todo o jogo.

Infelizmente o jogo não tem dublagem em português, mas não impede a diversão de jogar o jogo no nosso idioma com áudio em japonês ao fundo. Lembrando que todos os dubladores originais do animê estão presentes aqui no jogo, então você matará a nostalgia de ouvir vozes tão icônicas em japonês.

Vale à pena?

Produzido pelo estúdio ILCA com a Bandai Namco, a empresa trouxe um jogo que traz algumas influências de jogos antigos da produtora. Lembrando em especial Dragon Quest XI: Echoes of an Elusive Age e Pokémon Brilliant Diamond e Shining Pearl, a empresa trouxe uma jogabilidade fluída e natural ao mesmo tempo.

Fazendo um trabalho que merece continuação, torcemos que o estúdio siga passos da CyberConnect2 e produza outros jogos de One Piece Odyssey tornando uma série, igual a Naruto: Ultimate Ninja Storm.

*A equipe do Nippon Já jogou One Piece Odyssey para Playstation 5 enviado pela assessoria de imprensa da Bandai Namco.

Texto produzido originalmente para o Nippon Já

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Giuliano Peccilli
Giuliano Peccillihttp://www.jwave.com.br
Editor do JWave, Podcaster e Gamer nas horas vagas. Também trabalhou na Anime Do, Anime Pró, Neo Tokyo e Nintendo World.

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