Review | Bloodborne

JWave Games 6 Capa

O tão esperando Bloodborne até que enfim está entre nós!

O famigerado Project Beast da Sony, um jogo que chamou minha atenção desde sua primeira aparição mas que me deixou um pouco receoso ao saber que seria mais um jogo da “serie Soul” pois não sou tão fã da série por motivos que falarei mais a frente, mas pelo jeito trocar almas por sangue foi um ótimo negócio para todos.

O que é?

Bloodborne é um jogo do mesmo criado e produtor da série Soul, Dark Souls e Demons Souls, jogo que criaram praticamente um estilo próprio de RPG/ação que já foi até seguidos por outros jogos como Lord of the Fallen, aqui temos a From Software de volta a fazer um jogo exclusivo para a plataforma Playstation, digo mais, a refazer o que ela mesmo crio pois o jogo não apenas uma continuação com um novo nome mas sim uma evolução e adaptação da formula original, uma passo a mais para chegar a perfeição.

Aliás não posso falar da série Souls e Bloodborne sem mencionar pelo que ela é mais conhecida, e ao meu ver o mais polêmico, a famosa dificuldade. Sempre discuto dizendo que o jogo não é difícil pelo contrário, estaria mais para fácil-médio pois o jogo pede apenas que você não cometa erros na execução dos comandos mas não requer tanto treino desses comandos (vide Ninja Gaiden, esse sim um jogo hardcore), além disso certas build e classes ao serem jogadas deixam o jogo bem mais fácil.

O jogo sim é muito punitivo além de não informar, de proposito, o jogador sobre muitas coisas para que o mesmo descubra, experimente e ai aprenda na porrada, literalmente, por si mesmo. O que causa um sensação de nostalgia por lembrar jogos mais antigos, os quais não tinha a mesma preocupação de ensinar o jogador a jogar. Mas verdade seja dita: essa punição é o grande charme do jogo. Um exemplo é o sistema de eco de sangue (o equivalente as almas da serie Souls) que ao morrer você perde tudo, podendo recuperar se voltar ao lugar que deixou cair mas se morre de novo tudo é perdido. Isso é genial e causa um medo e um adrenalina maravilhosa ao jogar que não encontramos em jogo modernos (até porque hoje a tendência dos desenvolvedores é prender o jogador deixando ele feliz com suas conquistas, vide God of War e Call of Duty).

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História

Aqui sempre foi o ponto fraco da série, que continua meio confuso e depende muito do jogador ir atrás do que o jogo apresenta para ele. Aliás, o que nesse jogo é entregue facilmente a você mero jogador? Por isso não vejo a história como um defeito, é apenas a escolha do desenvolvedores, a filosofia da arte dele vamos dizer. Mas sinto que a cada jogo novo eles vem acertando isso para não ser muito obscuro e acabar fazendo o efeito inverso e desestimular o jogador a descobrir, até porque quest de história importante dão bons item e troféus valioso.

Gameplay

Aqui já foi o ponto que mais me afastou da série anteriormente mas que em Bloodborne me sugou por completo. A jogabilidade está muito mais fluida, sem se sentir o Rambo como é em God Of War e DMC, ela tem o seu peso em cada arma e cada escolha sua de atacar, esquivar ou tentar um counter mas sem precisar de treino para acertar o timing com janelas curtas no meio de horda de inimigos, como em Ninja Gaiden. Aqui também não é exigido o grind, apenas a habilidade do jogador e pede que você saiba o que está enfrentando e usar os seus recursos de uma maneira inteligente e eficiente até porque como já disse, qualquer erro é punido severamente, o que deixa você muito feliz pelos seus acertos. Se você, como eu, não curtia a jogabilidade pesada de Souls, fique tranquilo pois agora o foco está em esquivar e atacar sempre que possível mas sem apertar botões inconscientemente. Uma harmonia muito gostosa de RPG com jogo de ação, como em DMC, com um toque de jogo de survival horror que nem os últimos Resident Evil conseguiram me deixar tão ligado enquanto jogava para não ser emboscado pelo inimigos ou cair num buraco.

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Gráficos

Gráfico escuro com uma arte que lembra a Era Vitoriana com zumbis e monstros que dá um ótimo clima ao jogo porem o frame rate flutua um pouco entre 30 e 25 frames por segundo. O que não chega a atrapalhar até porque a adrenalina e a atenção exigida na jogabilidade te prende muito.

Som

A música faz a sua parte mas não me cativa como em outro JRPG porem não percebi nenhum. O som dos bichos e cenários deixa você no clima, inclusive no headset da SONY que simula 7.1 canais, fazendo você se sentir dentro do jogo rodeado por esse clima de terror e tensão.

Considerações finais

Como já falei muito do jogo o que me sobra a dizer aqui são o segundo defeito do jogo: loading time, realmente estão grandes mas tirando isso e os FPS o jogo está muito bom no que se propôs a fazer além das mudanças da jogabilidade que me chamaram a atenção, mesmo com menos opções de armas, magias, etc o jogo recompensa com uma jogabilidade profunda e com muito segredos e até novidades como as mecânica das masmorras uma pena que não consegui testar o multiplayer direito e preferia um sistema com convites e coisa mas convenções, mas pelo jeito a produtora ainda aposta em ideias mais exóticas que ao meu ver nem sempre trazer a melhor experiência ao jogador.

Nota:

4,5 JW
4,5 JW

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Marcos Soares
Marcos Soares
um jogador hardcore de games(eletronico,papel,tabuleiro,card,etc) que é apaixonado pela cultura japonesa. Com um background profissional voltado pra TI e marketing.

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