Top 10 – Mangás que mereciam ser republicados no Brasil

Por: Giuliano Peccilli e Luana Tucci

A gente aqui no JWave sabe que o pessoal adora um ranking. Então, pra começar com chave de ouro, resolvemos revelar quais os mangás que, na nossa opinião, merecem uma republicação caprichada no Brasil.

Depois de muita discussão, voadora no dente e outros critérios de escolha que não vamos contar (ahahahahaha), segue nossa lista. São dez títulos no total e duas menções honrosas. Confiram:

Menção Honrosa Luana: Inu-Yasha (Rumiko Takahashi)

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Uma das coleções mais longas já publicadas aqui no Brasil, com 112 edições no total. Inu-Yasha foi publicado na íntegra, mensalmente, em formato meio-tanko de agosto de 2002 a julho de 2009. A história de Inu-Yasha e sua parceira humana (e irritante) Kagome Higurashi em busca da Joia de Quatro Almas é bem legal, alterna momentos de drama com o humor característico da Takahashi-sensei e acreditamos que merece uma segunda oportunidade de brilhar nas bancas brasileiras. Talvez agora num formato bacanudo como o BIG ou o do Death Note Black Edition. Eu comprava.

Menção Honrosa Juba: Shaman King (Hiroyuki Takei)

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Lançado em meio-tanko por aqui em 2013, o mangá acabou sendo cancelado no Japão e recebeu um final apressado. Quando foi relançado no formato para colecionador, acabou que o mangá recebeu o final idealizado, o que é muito desejado pelos leitores brasileiros. Se pensarmos num formato, temos um público de Rurouni Kenshin e Yu Yu Hakusho que podem acabar migrando para um relançamento do título por aqui.

10 º lugar: A Princesa e o Cavaleiro (Osamu Tezuka)

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Bem, só de falar Tezuka já dá pra sacar que o título é bom. A versão japonesa para as princesas Disney teve sua publicação por aqui de 2002 a 2003, porém em meio-tanko. Já que a publicação das obras de Tezuka no Brasil foi retomada, seria bacana que esse mangá fosse relançado num formato legal como o de Buda ou Dororo.

9 º lugar: Kekkaishi (Yellow Tanabe)

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Kekkaishi foi uma das gratas surpresas que a Panini trouxe no meio da avalanche de títulos que inundou as bancas no ano de 2010. Parecia um shonen como qualquer outro: garoto com potencial a ser explorado tem irmão que quer superar embora seu poder seja superior. Some-se a isso tudo o que a gente gosta: youkais, barreiras, humor; bata no liquidificador somado à capas mais legais do que as originais japonesas e você tem como resultado um título com “T” maiúsculo.

O problema é que, não faço ideia do porquê, mas o título não recebeu publicidade necessária e acabou sendo obliterado no meio de tantos outros títulos. Conclusão: sumiu das bancas no volume 19 e muitos fãs ficaram na dúvida. No Anime Friends deste ano, o título foi da “geladeira” para um “freezer”, meio que confirmando que as chances do título voltar são de mínimas a quase nulas.

Apesar disso, acredito que a trama de Kekkaishi é boa demais para ficar no limbo, então não custaria nada dar uma segunda chance, dessa vez com a atenção que a história merece.

8 º lugar: Peach Girl (Miwa Ueda)

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Um dos títulos cancelados pela Editora Panini. Sua edição brasileira era espelhada e meio-tanko, algo até comum na época (2003), mas potencialmente problemático, já que as outras editoras traziam o material na versão original. Verdade seja dita, a demografia shoujo não tem a atenção merecida pelos editores de mangá no Brasil, mas isso tem mudado desde o sucesso de Sailor Moon. Tivemos Aoharaido, Orange, Lovely Complex, entre outros títulos que prometem cativar este público.

Tendo um total de 18 volumes, a pergunta quer não quer calar é que, se shoujo vende relativamente bem, por que não investir no formato Big (ou formato Max, a versão da editora New Pop)? Teríamos 9 volumes (como Eden, por exemplo), e seria o primeiro título voltado para garotas nesse formato.

Peach Girl foi cancelado com a trama passando da metade, o que acabou deixando de lado a possibilidade de levantar debates e conversar com adolescentes, afinal este era um dos poucos títulos em publicação na época que falavam de problemas como gravidez na adolescência, prostituição, bullying, entre outros. Momo Adachi era divertida e tinha uma história intensa que merecia uma segunda chance no Brasil. Seja Big ou não, o que interessa é que Peach Girl merece a mesma atenção de Eden.

7 º lugar: Slam Dunk (Takehiko Inoue)

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Publicado pela Conrad em 2005, achamos que agora seria o momento ideal para Slam Dunk retornar às bancas. Se existe a rivalidade Kuroko no Basket X Slam Dunk, temos que ressaltar que o mangá além de divertidíssimo, teve as últimas edições lançadas apenas em eventos, numa fase em que a Conrad já vivia um momento complicado.

Considerando que a Nova Sampa perdeu os direitos de Vagabond e, consequentemente de Slam Dunk, estamos contando mais com a volta deste último do que com um novo relançamento das aventuras de Miyamoto Musashi em nossas bancas.

6 º lugar: XXX Holic & Tsubasa Chronicles (Clamp)

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Um dos últimos títulos da JBC lançados meio-tanko, ao lado de Tsubasa e Negima, XXX Holic merece uma republicação aos moldes de Rurouni Kenshin, Yu Yu Hakusho, Sakura Card Captors, Guerreiras Mágicas de Rayearth entre outros relançamentos da editora.

Mas só XXX Holic? Sabemos da conexão do mangá com Tsubasa Chronicles e, por essa razão, o lançamento intercalado com XXXHolic. Isso poderia ser trazido de volta e termos ambos os títulos num formato muito mais “agradável” para o colecionador.

Vale lembrar que no Japão os mangás ganharam uma versão de colecionador em capa dura e tal, porém não achamos que o mercado brasileiro esteja maduro para um lançamento desse porte e nem tem tiragem para tal, por isso o formato criado em Sakura Card Captors seria o ideal na nossa opinião.

5º lugar: Sanctuary (roteiro: Sho Fumimura/arte: Ryuichi Ikegami)

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Lançado pela (quase) finada Conrad já no formato tankohon em junho de 2006, Sanctuary fazia parte daquela linha de mangás meio alternativos nos quais a editora vinha apostando. A trama era bem densa e contava a história de dois jovens sobreviventes dos campos de extermínio no Camboja que resolvem refazer sua vida no Japão; Akira Hojo torna-se chefe de uma família yakuza e Chiaki Asami abraça a carreira política. A intenção dos dois é mudar o Japão, fazendo com que o país seja governado por pessoas jovens e não pelos babyboomers que já se conformaram em viver a vida sem as ousadias que esta proporciona.
Com uma trama dessas e o traço estonteante de Ikegami-sensei, fico chocada que este mangá não tenha vingado, sendo cancelado no sexto volume de 12. Acredito que ele poderia ser republicado tranquilamente, com as capas originais japonesas (muito lindas). Muita gente ficaria feliz (inclusive nós).

4º lugar: Tokyo Babylon (Clamp)

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Considerado quase “prequel” de X, Tokyo Babylon por mais que pareça um meio-tanko, na realidade foi publicado exatamente como saiu no Japão. Trazendo um clima que lembra as histórias de XXX Holic, temos em Tokyo Babylon a investigação de alguns crimes sobrenaturais em Tóquio, como também discussões retratando problemas da sociedade japonesa (e que funcionam para nossa também).

O responsável pela investigação desses crimes é o jovem ginasial Subaru Sumeragi, um onmyouji (uma espécie de sacerdote). Nas horas vagas, sua irmã gêmea Hokuto empurra-o descaradamente para o charmoso veterinário Seishiro Sakurazuka, o que não dá muito certo no final, já que Sei-chan tem um segredo um tanto quanto complicado. O mangá já foi relançado no Japão em uma versão de 3 volumes (algo parecido com o nosso formato BIG), o que poderia ser uma boa no mercado brasileiro, que já tem um espaço cativo para obras do Clamp.

3º lugar: Fullmetal Alchemist (Hiromu Arakawa)

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O mangá dispensa apresentações. A saga dos irmãos Elric em busca da Pedra Filosofal para restaurar seus corpos é muito amada no mundo todo, e não é diferente no Brasil. Contrariando a expectativa de muitos fãs, a edição brasileira das aventuras do Alquimista de Aço saíram por aqui em formato meio-tanko, o que fez com que alguns leitores boicotassem a edição. As 54 edições saíram com periodicidade quinzenal (a partir da edição 29, a periodicidade virou mensal) de fevereiro de 2007 a abril de 2011 e, além da saga completa, a JBC também trouxe os três guides. Nós particularmente achamos que a editora tem algo planejado para FMA assim que a republicação de YuYu terminar, mas fica a dica: as capas dos kazenbans japoneses são muito lindas! ^^

2º lugar: Fushigi Yuugi (Yuu Watase)

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Este título foi publicado completo no Brasil pela Conrad, mensalmente, de fevereiro de 2002 a janeiro de 2005, em 36 volumes (meio-tanko). O mangá contava a história da espevitada e gulosa (pra Magali nenhuma botar defeito) Miaka Yuki que, para fugir das pressões do Vestibulinho, fica fazendo hora na biblioteca e vai parar dentro de um livro cuja história se passa num mundo semelhante à China Antiga. Lá, ela se torna a Suzaku-no-Miko (Sacerdotisa do Deus Suzaku) e, junto com os sete Seishis (algo como “guerreiros estelares”), deverão chamar seu deus protetor para proteger o país. O traço da Watase-sensei, ainda que no começo de carreira, é muito lindo e os personagens carismático, tanto que chorei baldes em mais de uma cena (Watase-sensei é uma insensível às vezes). O problema é que, do volume 24 (acho) em diante, houve uma troca de papel e a coleção ficou meio esquisita, metade off set e metade pisa brite. Além disso, algumas opções editoriais na época com relação à tradução deixaram muitos fãs de cabelo em pé e, somando tudo isso, acreditamos que o mangá merecia uma republicação cheia de pompa (quem sabe, num formato BIG, por que não?), mas infelizmente não sinto cheiro disso acontecer.

1º lugar: Nausicaä do Vale dos Ventos (Hayao Miyazaki)

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Esse cancelamento fez todo mundo chorar rios de lágrimas. Uma história com uma mensagem ecológica muito próxima da realidade (haja visto os últimos acontecimentos no Brasil), a saga da princesa Nausicaä e sua luta para proteger a natureza que já não parece mais ter salvação emociona. O mangá chegou timidamente em julho de 2006 pela editora Conrad, mas não figurava nas bancas, apenas nas livrarias e lojas especializadas. A periodicidade era bem espaçada, mas o mangá parecia ir bem, ainda mais depois de um elogio dos japoneses, que disseram que a edição brasileira era a melhor edição de Nausicaä publicada ao redor do mundo. O título resistiu até o quinto volume, publicado em 2009, deixando muitos fãs chateados. Uma reedição do mangá seria muito bem-vinda, pois além de ser um pouco complicado de encontrar a edição da Conrad por um preço justo, a mesma está incompleta. Por mais que a arte seja linda, desanima.

Esse foi o nosso Top 10. Concordam com a gente? Façam sua lista nos comentários! 😉

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Luana Tucci de Lima
Luana Tucci de Lima
Fã incondicional de CLAMP, Nobuhiro Watsuki e Yuu Watase. Adora mangás Yaoi , Turma da Mônica e... mordomos de óculos.

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